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Meta diz à AGU que mudança na checagem de fatos será nos EUA: ‘Reduzir erros’

A big tech, em resposta exigida pela AGU para entender mudança na checagem de informação, afirmou que testará novo método

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Mark Zuckerberg, dono da Meta Reprodução/Instagram @zuck

A Meta informou à AGU (Advocacia-Geral da União) que a mudança para checagem de informações da plataforma somente será aplicada nos Estados Unidos. As explicações da big tech sobre o fim do programa de verificação nas redes sociais da companhia constam em documento no qual o R7 teve acesso.

A AGU tinha notificado a empresa na sexta-feira (10), pedindo esclarecimentos em até 72 horas. A resposta chegou na noite de segunda (13).

“Planejamos criar, testar e melhorar as Notas da Comunidade nos Estados Unidos antes de qualquer expansão para outros países”, apontou a big tech no documento. Segundo o texto, como parte do processo de “construção e lançamento”, a expectativa é publicar mais informações sobre como as Notas da Comunidade funcionarão.

Isso incluiria os planos para relatórios de transparência relacionados à utilização do mecanismo. A Meta disse ainda querer minimizar erros, estar comprometida a informar e a ser transparentes com a comunidade sobre quaisquer futuras mudanças relevantes que possam acontecer.


As mudanças anunciadas visam a simplificar nossos sistemas para diminuir o exagero na aplicação de nossas políticas e reduzir erros. Até agora, vínhamos usando sistemas automatizados para detectar violações a todas as políticas”, assegurou a empresa.

Checagem própria para “violações de alta gravidade”

Agora, o objetivo é concentrar o uso desses sistemas para lidar com violações de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes, segundo o documento.


Para a plataforma, os canais existentes para denúncias relativas a quaisquer violações de políticas permanecem inalterados e continuarão disponíveis, permitindo a qualquer usuário denunciar conteúdo que considere violador de políticas.

O documento também fala da “política de direitos humanos” da Meta, assim como o comprometimento “com a liberdade de expressão, direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”. Mas reconhece que “formas abusivas do exercício desse direito podem causar danos, especialmente para grupos vulneráveis”.


Análise da AGU

Segundo a AGU, “as informações enviadas serão agora analisadas pela equipe da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia”.

A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda nesta terça-feira (14) sob a coordenação da AGU, com a participação de representantes das pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR).

“Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, disse o órgão.

A decisão da Meta de dar fim ao sistema de checagem de fatos foi anunciada em 7 de janeiro pelo fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em um vídeo. A partir de agora, a moderação de conteúdos reportados como nocivos será feita apenas quando indicada por usuários. Além disso, as redes sociais passarão a exibir mais conteúdo político nos feeds.

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