Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Ministro do TSE vota para rejeitar ações contra Lula por irregularidades nas eleições

Benedito Gonçalves entendeu que não ficou configurado abuso de poder econômico ou o uso indevido dos meios de comunicação

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Ministro votou para arquivar ações contra Lula
Ministro votou para arquivar ações contra Lula

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, votou para arquivar ações que investigam supostas irregularidades cometidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin, nas eleições do ano passado. O magistrado entendeu que não ficou configurado o abuso de poder econômico ou o uso indevido dos meios de comunicação.

Uma das ações é de autoria da coligação Pelo Bem do Brasil, que lançou o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A acusação afirma que, ao utilizar as palavras-chave “Lula condenação”, “Lula Triplex”, “Lula corrupção PT”, entre outras, encontrou na internet uma página repleta de anúncios pagos pela coligação Brasil da Esperança, do candidato petista. Ou seja, segundo a ação, o buscador retornava conteúdos patrocinados favoráveis ao candidato Lula, que citavam uma suposta perseguição da qual ele teria sido alvo e uma pretensa “absolvição”.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram


A ação diz ainda que a coligação adversária praticou abuso de poder econômico e dos meios de comunicação ao, respectivamente, violar a igualdade de oportunidades e promover “notícias fraudulentas” para “omitir informações do eleitorado”.

Outra ação, também apresentada pela coligação Pelo Bem do Brasil e por Jair Bolsonaro contra Lula e Alckmin, aponta a suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação.


O Ministério Público Eleitoral defendeu a tese de que as duas ações sejam rejeitadas. Em caso de condenação, esses processos podem levar à perda de mandato.

Para o ministro Benedito Gonçalves, não houve gravidade de impulsionamento na internet. "Exaurida todas as provas sobre o tema, não foi demonstrada a 'ocultação de páginas' por 'conveniência eleitoral'. Não foi demonstrado que o conteúdo de destino 'falseava a verdade'. Não foi demonstrado que a contratação do anúncio foi capaz de alterar o padrão de funcionamento do buscador. Fato é que os investigantes nunca estiveram próximos de comprovar a alegada manipulação do eleitorado”, disse.


Na ação sobre uso dos meios de comunicação, Benedito avaliou que não houve irregularidades.

A defesa de Bolsonaro afirmou que há provas de que a campanha adversária tinha a intenção de manipular, falsear a verdade dos fatos e editar uma verdade mais conveniente, em detrimento da livre circulação de informações. 

“Os novos achados evidenciaram ainda mais a manipulação do tráfego informacional pela empresa Google com viés negativo e com viés desinformador. Tem-se, por exemplo, que a contratação pelos investigados de uma campanha com inúmeras palavras-chave nem remotamente ligadas conduziam a essa grave acusação de pedofilia. Um crime gravíssimo”, alegou.

Já a defesa de Lula destacou que a campanha do atual presidente jamais chamou Jair Bolsonaro de pedófilo.

“Os termos eram as key words — as palavras usadas pelos eleitores para a pesquisa. Alcance não é relevante. Isso é dito no processo. Tal campanha de impulsionamento foi feita em razão da necessidade de defesa de Lula em razão de fake news, desinformação, propagadas diuturnamente, e era obrigado a enfrentar durante a campanha.”

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.