Moraes manda PF identificar integrantes de grupo que fez ameaças ao STF no Telegram
Espaço para incitar ataques ao Supremo foi identificado durante ação contra Ivan Rejane, preso em julho deste ano
Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal identifique, no prazo de 15 dias, integrantes de um grupo que fez ameaças à Corte no Telegram.
O magistrado atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com as diligências, no aplicativo de mensagens foi criado um grupo chamado "caçadores de ratos do STF", em que foram realizadas diversas ameaças ao Supremo.
A descoberta da existência do grupo foi feita durante as investigações sobre Ivan Rejane, que em vídeos compartilhados nas redes sociais ameaçou "caçar" os magistrados.
A PGR revelou que a Polícia Federal apresentou relatório final sobre o caso e citou a existência do grupo, com 159 membros, mas não identificou os integrantes. “A autoridade policial indiciou o investigado pelo cometimento do crime de associação criminosa, mas não identificou quais seriam os seus integrantes, além do indiciado. Nesse contexto, a Polícia Federal, por meio de exame técnico, constatou a existência de um grupo de Telegram, denominado 'Caçadores de ratos do STF', que se encontra ativo e tem 159 (cento e cinquenta e nove) membros. Porém não procedeu à identificação de seus membros e não esclareceu se foi possível extrair o conteúdo das mensagens de tal grupo", informou a procuradoria.
Leia mais: Início do horário eleitoral e 40 dias para o 1º turno; veja os destaques da semana
O magistrado destacou que Ivan Rejane foi preso preventivamente em junho deste ano e autorizou as novas diligências. "Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino que sejam os autos encaminhados ao Delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor para que, no prazo de 15 (quinze) dias, realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram 'Caçadores de ratos do STF'."