Novos presidentes da Caixa e do Banco do Brasil devem ser anunciados nesta semana
A informação é do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad; ele disse que Lula e os indicados participaram de reuniões
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (27) que os presidentes da Caixa, do Banco do Brasil e a composição do Conselho Monetário Nacional (CMN) devem ser anunciados nesta semana, antes da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo (1º).
Haddad afirmou que participou de reuniões com nomes indicados para o comando das instituições. No entanto, Lula ainda não bateu o martelo sobre o assunto. "O presidente [Lula] é quem está escolhendo os presidentes da Caixa e Banco do Brasil. Ele deve anunciar os nomes nesta semana", comentou.
Quando questionado sobre o perfil dos presidentes dos bancos, Haddad entendeu que o questionamento era sobre o nome escolhido por Lula para comandar o Ministério do Planejamento.
"Eu sugeri, como disse ontem, o nome de ex-governadores que tinham administrado bem os seus estados. Mas o presidente Lula decidiu aproveitá-los nas posições conhecidas: Casa Civil, Justiça, Educação."
O comentário ocorre em meio à divulgação de informações de bastidores que reforçam o nome de Simone Tebet (MDB) como ministra do Planejamento. A terceira colocada nas eleições presidenciais teria aceitado comandar a pasta com a garantia de manter a participação do ministério no comitê gestor do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A intenção de ficar também com os bancos públicos não foi para frente.
A ida para o Planejamento traz certo incômodo ao núcleo político de Lula, entre eles Haddad, que estaria desconfortável com os "ideais" de Tebet, que não convergiriam com os da pasta do Planejamento e Orçamento.
Impostos sobre combustíveis
Haddad também disse que vai discutir com o presidente eleito a possibilidade de prorrogar a validade da desoneração do PIS e Cofins dos combustíveis. O assunto foi debatido com a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ainda não há definição sobre o tema.
Havia especulação em torno da edição de uma medida provisória do atual governo para prorrogar a isenção dos impostos por mais 30 dias. No entanto, o tempo de prorrogação da medida também não é uma unanimidade entre o atual governo e o governo eleito.
A desoneração dos impostos sobre os combustíveis foi sancionada em março pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem validade até o dia 31 de dezembro. Se a MP não for editada, o preço da gasolina, do diesel, do etanol e do gás de cozinha sofreriam alta já durante a posse de Lula, no domingo (1º).
Em 2022, a isenção dos impostos sobre os combustíveis teve impacto de R$ 17,6 bilhões nos cofres públicos.