Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Objetivo do governo é encontrar caminho para ressarcir vítimas de fraudes no INSS, diz Haddad

Ministro da Fazenda disse que pasta aguarda posicionamento da CGU e AGU para definir estratégia de devolução do dinheiro

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - 08.05.2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quarta-feira (30), que o governo federal trabalha para encontrar o caminho para ressarcir as vítimas das fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O titular da pasta adiantou que ainda é necessário definir como será feita essa devolução para os aposentados e pensionistas.

“Estamos aguardando a CGU (Controladoria-Geral da União) e a AGU (Advocacia-Geral da União) nos envolver em uma etapa subsequente para tratar desse assunto. Essa questão ainda está no âmbito da CGU. A orientação do governo é reparar o dano causado pelas pessoas que foram responsabilizadas pelo que aconteceu, mas a maneira de fazer isso ainda não está formatada. Até ontem não estava”, explicou o ministro.

Leia mais

Haddad também disse que é necessário apurar quais descontos foram autorizados ou não. “Reclamações foram feitas ao longo desses períodos, formalizadas, mas há um conjunto de aposentados que não formalizaram a queixa, mas teriam direito, se demonstrado que o débito foi feito indevidamente. O objetivo é encontrar o caminho para isso [ressarcir as pessoas lesadas]”, reforçou.

Entenda

A operação da PF e da CGU foi deflagrada na última terça (22) e cumpriu 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens, avaliados em mais de R$ 1 bilhão, e seis mandados de prisão temporária. As investigações apuram um esquema nacional de cobranças indevidas em benefícios do INSS.


Conforme as apurações, aposentados e pensionistas foram alvo de descontos não autorizados de mensalidades associativas, aplicados diretamente sobre os valores de aposentadorias e pensões. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões, acumulados entre os anos de 2019 e 2024. Ao menos 11 entidades são suspeitas.

Ainda não se sabe quanto desse valor foi indevidamente descontado e quanto tinha autorização dos beneficiários.


Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A apuração das autoridades levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de servidores.


Dois dias depois da operação, representantes do INSS e da CGU informaram a suspensão dos descontos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas por convênios com entidades, como associações e sindicatos. A pausa é por tempo indeterminado, até a conclusão da análise de cada acordo, para a identificação dos descontos irregulares.

Segundo o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, para reorganizar o sistema de desconto e torná-lo mais rígido e seguro, é necessária a suspensão de todos os acordos de cooperação técnica vigentes, celebrados pelo INSS com entidades nos últimos anos.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.