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R7 Brasília

Oposição critica MST em sessão de homenagem aos 40 anos do movimento

Parlamentares oposicionistas compararam movimento ao PCC e ao Hamas e elaboraram nota de repúdio

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Sessão na Câmara homenageou MST
Sessão na Câmara homenageou MST Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados/28-2-1024

Parlamentares da oposição criticaram o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nesta quarta-feira (28) durante cerimônia de homenagem aos 40 anos da organização. Depois, os congressistas ainda se reuniram fora do plenário da Câmara dos Deputados, onde ocorria a sessão, para anunciar uma nota de repúdio contra o movimento. Na ocasião, compararam o grupo ao PCC e ao Hamas. 

"Daqui a pouco, nessa toada, o PCC também vai pedir sessão solene na Câmara dos Deputados", afirmou o deputado Ricardo Salles (PL-SO) a jornalistas. Ex-ministro do governo Bolsonaro, Salles foi relator da CPI do MST na Câmara e criticou a homenagem, dizendo ser uma "situação vexatória para o parlamento permitir que uma organização criminosa comemore os 40 anos nesta Casa". 

Salles também discursou no plenário da Câmara, em meio aos participantes do MST. Ele afirmou que não havia motivos para celebração, relembrando "achados" da CPI do MST. Os trabalhos terminaram sem votação do relatório e sem o indiciamento de investigados. 

Quem também criticou o movimento na tribuna foi o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). Ele considerou o marco como "40 anos de destruição" e avaliou que os participantes presentes na sessão são feitos de massa de manobra por lideranças que vivem "em apartamentos e mansões luxuosas, enquanto vocês vivem em barracos". 


Os discursos geraram reação dos membros do MST, que chegaram a vaiar os parlamentares e depois se viraram de costas para eles. 

A presidente da sessão, deputada Maria do Rosario (PT-RS), pediu respeito por parte dos participantes, mas também criticou a conduta dos oposicionistas. "Nunca vi uma instituição que é homenageada ser desrespeitada pelos integrantes dessa Casa", disse. 


Os parlamentares da oposição também elaboraram uma nota de repúdio ao movimento que pede "que as autoridades competentes ajam com rigor para coibir suas atividades ilegais e garantir o respeito à lei e à ordem no campo brasileiro". 

"O MST tem sido responsável por invasões ilegais de propriedades rurais, destruição de plantações e infraestrutura, além de incitar a violência e o conflito no campo. Até mesmo fortes indícios de crimes de tortura e assassinato estão sendo praticados em nome de uma reforma agrária que não sairá do papel enquanto estiver sendo utilizada para o locupletamento ilícito e político daqueles que dizem defendê-la", afirmou o deputado Luciano Zucco (PL-RS) na nota. 

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