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Pacheco diz que Petrobras tem que dividir lucro com a população

Em nota à imprensa, o presidente do Senado defendeu a ideia de que o dinheiro deve ir para uma conta de estabilização de preços

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

Em nota à imprensa divulgada na tarde desta sexta-feira (17), depois que a Petrobras anunciou um novo aumento no preço dos combustíveis, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a ideia de que o governo divida os lucros da Petrobras com a população. De acordo com o senador, isso se daria mediante a criação de uma conta nacional para estabilização de preços em momentos de crise.

"Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria, indicada pelo governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população", afirmou o parlamentar.

Pacheco disse ainda que o Senado já "aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance" e que, agora, espera medidas "rápidas e efetivas" vindas do governo federal. "Já que o governo é contra discutir a política de preços da empresa e interferir na sua governança, a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada", completou.

Bolsonaro

Também nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a Petrobras "pode mergulhar o Brasil num caos" com o novo aumento no preço dos combustíveis. 


"Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018 e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", disse.

O presidente declarou que o governo federal é contra o reajuste, mencionando que a União é acionista da empresa. "Não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais."

O aumento no preço dos combustíveis anunciado nesta sexta-feira foi aprovado pelo conselho da estatal em uma reunião extraordinária realizada em pleno ponto facultativo, na tarde da quinta-feira (16), dia de Corpus Christi.

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