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Petrobras aguarda Ibama para reinstalar sonda de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas

Empresa retirou aparelho que estava na bacia da foz do rio na semana passada à espera de autorização para perfurar local

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quarta-feira (14) que aguarda a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para reinstalar uma sonda de perfuração na bacia da foz do rio Amazonas para explorar petróleo na região.

A empresa aguarda uma licença ambiental do Ibama para perfurar o poço identificado pela sigla FZA-M-059, localizado em alto-mar, a cerca de 175 km da costa do Amapá. Como não há previsão de resposta por parte do instituto, a Petrobras retirou o aparelho do local na semana passada.

"A sonda foi retirada, está na Bacia de Campos fazendo serviços de curta duração aguardando a resposta do Ibama. A gente precisava fazer uso da sonda, mesmo que fosse para operações de curto prazo. Assim que o Ibama der algum sinal de algum tipo de algum licenciamento na margem equatorial, seja lá na foz, seja em outras licenças que estão em curso, a gente regressa com a sonda", disse Prates em entrevista a jornalistas após reunião no Palácio do Planalto com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

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Segundo ele, a Petrobras atendeu todas as exigências impostas pelo Ibama para poder explorar petróleo na bacia da foz do rio Amazonas.


"A resposta do Ibama não tem prazo, o Ibama vai reanalisar todas as nossas reapresentações de relatório. Fizemos todos os argumentos novos, colocamos novos elementos de dados técnicos, disponibilizou mais embarcações de apoio, mais equipamentos, fez toda uma complementação e de acordo com as exigências que foram colocadas também no último despacho e estamos aguardando a resposta do Ibama", afirmou.

Solicitação negada

No mês passado, o Ibama negou uma solicitação da empresa para operar na região. A decisão foi tomada pelo presidente do instituto, Rodrigo Agostinho. Ele seguiu a recomendação de técnicos da diretoria de licenciamento ambiental do órgão, que apontaram "inconsistências técnicas" da empresa de petróleo.


Dias depois, a Petrobras pediu ao Ibama que reconsidere a decisão. A empresa afirmou ter feito um mapeamento no local a ser perfurado e disse que não encontrou ponto sensível em uma área de 500 metros de raio da localização do poço. Segundo a petroleira, a exploração na bacia da foz do rio Amazonas é uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses.

No novo pedido enviado ao Ibama, a empresa se comprometeu a preservar a fauna do local e ampliar a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque (AP). A unidade atuará em conjunto com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna, construído pela Petrobras em Belém (PA).

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