Ibama voltará a analisar pedido da Petrobras para explorar petróleo na bacia da foz do Amazonas
Instituto tinha rejeitado a licença por entender que a solicitação não tinha garantias de atendimento à fauna em caso de acidentes
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai voltar a analisar o pedido da Petrobras para explorar petróleo na bacia da foz do rio Amazonas. A Petrobras apresentou, na quinta-feira (25), novo pedido e aguarda uma licença ambiental para perfurar o poço, localizado em alto-mar, a cerca de 175 km da costa do Amapá. Na sexta-feira (26), o Ibama informou que vai analisar novamente a proposta e discutir tecnicamente as alterações apresentadas no novo pedido.
O Ibama tinha rejeitado a licença por entender que a solicitação não continha garantias de atendimento à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. A Petrobras pediu ao Ibama que reconsidere a decisão. A empresa diz que fez um mapeamento no local a ser perfurado e não encontrou ponto sensível em uma área de 500 m de raio da localização do poço. Segundo a petroleira, a exploração na bacia da foz do rio Amazonas é uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses.
Ao R7, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse que o pedido da Petrobras para reconsiderar a decisão que negou a licença foi encaminhado à equipe técnica de óleo e gás para análise do pedido. "Não há prazo para a conclusão dessa análise", disse Agostinho.
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No novo pedido enviado ao Ibama, a Petrobras se comprometeu a preservar a fauna do local e a ampliar a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque (AP). A unidade atuará em conjunto com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna, construído pela Petrobras em Belém (PA).