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R7 Brasília

Relatora da CPMI pede quebra do sigilo telefônico de Valdemar Costa Neto

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirma que Valdemar e o hacker Walter Delgatti debateram formas de fraudar as urnas eletrônicas

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto
Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pediu a quebra do sigilo telefônico e telemático do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Ele foi citado pelo hacker Walter Delgatti Neto no depoimento que prestou à CPMI, na quinta-feira (17). No requerimento, Eliziane afirma que Valdemar teria participado de “tratativas” com Delgatti para discutir formas de fraudar as urnas eletrônicas. O pedido da relatora ainda não foi apreciado pela CPMI, que volta a se reunir nesta terça (22).

No documento, Eliziane pede que os dados dos telefones de Valdemar, no período de janeiro de 2022 a agosto de 2023, sejam enviados à CPMI no prazo de cinco dias úteis. Entre as informações solicitadas estão:

• dados cadastrais;

• registros de conexão (IPs);


• informações de Android (Imei);

• cópia integral de todo o conteúdo armazenado no Google Drive, incluindo o backup do WhatsApp;


• cópia integral de todo o conteúdo armazenado no Google Fotos, com os respectivos metadados (Exif);

• lista de contatos vinculados às contas mencionadas, com números de telefone e nomes;


• cópia integral de todas as mensagens (Gmail) enviadas, recebidas e armazenadas (rascunhos e lixeira), com seus anexos, em formato originalmente salvo pelo usuário, preservando a estrutura de diretórios criada pelo mesmo;

• cópia integral de todas as mensagens enviadas, recebidas e armazenadas, conteúdos multimídia (fotos, vídeos, áudios) e qualquer outro anexo compartilhado através do sistema de troca de mensagens instantâneas Hangout;

• localizações pretéritas e atuais do uso da(s) conta(s) (Location History), incluindo localizações geográficas específicas, por meio de GPS, bluetooth ou sinal wi-fi;

• relação dos locais salvos no Google Maps e demais dados armazenados no aplicativo;

• históricos de pesquisas realizadas pelo usuário do dispositivo, incluindo pesquisas no Google Maps;

• informações de pagamento, incluindo dados dos cartões de crédito (operadoras);

• listagem das redes de wi-fi acessadas pelas contas indicadas;

• informações dos aplicativos baixados e instalados no Google Play.

No requerimento, Eliziane transcreve trechos do depoimento do hacker em que cita Valdemar. À CPMI, Delgatti afirmou que Valdemar teria participado de uma reunião entre ele e Carla Zambelli para tratar da invasão de urnas eletrônicas antes das eleições de 2022.

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“Nessa primeira reunião, o assunto era bem técnico, até que o Valdemar entrou em contato com o Duda e agendou essa reunião mais tarde com o marqueteiro da campanha, porque o Valdemar fez algumas perguntas, mas a questão era técnica, e o Valdemar acredito que não tenha um conhecimento técnico sobre isso”, disse Delgatti.

A relatora classificou a reunião como "pouco republicana" e argumentou que o cargo ocupado por Valdemar “não deve servir como atenuante do fato, mas sim como agravante”.

"Não se pode admitir a utilização de tão importante função para corromper a ordem democrática brasileira, sendo que é dever desta comissão apurar a veracidade das graves afirmações relatadas", diz Eliziane Gama.

Após o depoimento de Delgatti, na quinta-feira, Valdemar confirmou a existência da reunião, mas minimizou as declarações do hacker. "Não vou dar bola e nem seguir com qualquer tipo de contestação ou queixa-crime. Foi um único encontro", disse Valdemar.

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