'Sebrae está alinhado com o governo, mas sem subordinação', diz frente parlamentar
Composta por 215 parlamentares, a frente emitiu nota de repúdio a possível troca de comando do Sebrae no último domingo
Brasília|Do R7, em Brasília
A Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) afirmou no último domingo (26) que não apoiará a possível troca de comando do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A interferência na direção da entidade foi pauta nas últimas semanas devido a um desconforto do governo com a composição da direção.
A eleição da nova direção do Sebrae foi em novembro de 2022, ainda sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Carlos Melles foi reeleito diretor presidente para 2023-2026 e é filiado ao PL, partido do ex-presidente e de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ainda na época da transição de governo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) tentou adiar a eleição.
Por meio de nota, a FCS, composta por 215 parlamentares e presidida pelo senador Efraim Filho (DEM), destacou que o Sebrae sempre atuou em sintonia com o Governo Federal, mas “sem subordinação”.
“Acompanhamos, com muita preocupação, o noticiário das últimas semanas a respeito de iniciativas para anular o resultado de eleição realizada em 29/11/2022, na qual foram escolhidos os novos dirigentes do Sebrae para o quadriênio 2023-2026, em total conformidade com os estatutos da instituição e à legislação em vigor no país. Os dirigentes foram empossados em 04/01/2023 e estão em pleno exercício de suas funções. Agora, exige-se a destituição deles e a realização de uma nova eleição, uma vez que houve uma troca de comando no Palácio do Planalto”, diz a nota emitida pela FCS.
Por fim, a FCS afirmou que respeitar o resultado das eleições é “mostrar na prática o respeito às micro e pequenas empresas”.