O Senado homenageou nesta quinta-feira (27), o trabalho de mulheres que contribuíram pela igualdade de direitos no país, com o diploma Bertha Lutz. Nesta edição, 19 personalidades brasileiras receberam a premiação, nas mais diversas áreas.Entre as trajetórias apontadas estão contribuições ao campo cultural, além de educação, saúde, empreendedorismo e na formação de políticas públicas. A lista de homaneageadas também deu destaque à diversidade de formas da luta feminina, com premiadas que vão das atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, à ex-ministra Cristiane Britto. (Veja lista completa no fim do texto).O reconhecimento prestado foi celebrado de forma unânime entre as presentes na cerimônia. A escolha pelas personalidades foi definida entre parlamentares. No caso de Cristiane, a indicação partiu da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que exalta feitos ligados à defesa da mulher.“Ela se destaca na proteção da mulher. Cristiane é uma advogada ativista em defesa da mulher há muitos anos, especialmente na área eleitoral. Ela coordenou o programa Mais Mulheres na Política, foi ministra e hoje está aqui no Senado como assessora jurídica, nos ajudando em todas as pautas femininas. Ela merece muito esse prêmio”, destacou a senadora.Cristiane, por sua vez, conta ver o reconhecimento como um impulso para seguir na luta e defesa de mulheres. “Foi uma alegria e um incentivo para continuar lutando pela causa da mulher. A gente sabe que a vulnerabilidade da mulher brasileira é patente, então essa causa é muito cara para mim, então esse prêmio reconhece o meu trabalho e só me incentiva e eu aqui estabeleço o meu compromisso de continuar lutando cada vez mais pelas nossas mulheres”, diz.Entre destaques que a trouxeram até este 27 de março, a ex-ministra relembra a proposta criada para capacitação profissional durante o período de pandemia da Covid-19. A ação foi voltada a frear o cenário de vulnerabilidade, principalmente entre vítimas de agressão.“A gente qualificou um número expressivo de mulheres em todo o Brasil e conseguimos tirar essa mulher do ciclo de violência”, lembra.Por cumprirem agenda internacional, as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres não compareceram ao evento, mas foram representadas por outra homenageada, a neurocientista e presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino Braga. “Vou mandar o troféu para a casa de cada uma delas”, diz.Indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Lúcia tem destaque ao trabalho desenvolvido principalmente para a neuroreabilitação, e relata sentimento de honra com o prêmio recebido. “É um prazer enorme, uma honra enorme, porque Berta Lutz recebeu esse diploma. Berta Lutz foi uma mulher admirável, uma cientista, uma política, a sua luta pelo voto feminino. Então, para nós, todas nós homenageadas, está sendo uma honra muito grande”, conta.O Diploma Bertha Lutz premia anualmente mulheres e homens que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e às questões de gênero no Brasil, em qualquer área de atuação. O diploma é entregue em sessão do Senado e faz parte das atividades do Dia Internacional da Mulher. O nome do prêmio é uma homenagem à bióloga, advogada e diplomata paulista Bertha Maria Julia Lutz, que foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século 20. Ela foi a segunda brasileira a fazer parte do serviço público no Brasil, ao ser aprovada em concurso do Museu Nacional em 1919.Uma das principais bandeiras levantadas por Bertha Lutz era garantir às mulheres os seus direitos políticos.