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R7 Brasília

Senador protocola CPI para investigar atuação do crime organizado

Parlamentar diz ter apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Senador protocola CPI para investigar atuação do crime organizado Andressa Anholete/Agência Senado - 1 de fevereiro de 2025

Foi protocolado, nesta quinta-feira (6), um requerimento para criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o crime organizado. A ideia é apurar a atuação das facções criminosas e milícias no Brasil.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o documento possui a adesão de 27 senadores, número mínimo para iniciar a tramitação. O parlamentar alega que a CPI tem ainda o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

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O parlamentar ressaltou que a influência das organizações criminosas aumentou, nos últimos anos, em diversos estados, impactando a segurança pública e a economia do país.

“O crime organizado se estruturou como um grande negócio ilícito, com atuação dentro e fora dos presídios, ampliando sua influência sobre comunidades inteiras e até sobre agentes públicos. O Senado tem a responsabilidade de investigar e propor soluções concretas para impedir esse avanço”, alegou o senador.


Vieira destacou que, em 2022, o Brasil registrou 47,3 mil mortes violentas intencionais, de acordo com o Anuário da Segurança Pública, e teve 47,3 mil mortes violentas intencionais. Isso resultou em uma taxa de pouco mais de 23 homicídios por 100 mil habitantes.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o Brasil é um dos 20 países mais violentos do planeta. O parlamentar destacou que as facções criminosas lucram R$ 335 bilhões pela venda de cocaína para a Europa.


Com relação às milícias, a ideia é investigar a atuação do grupo na imposição de taxas ilegais a moradores e comerciantes.

Ele explicou que, no Rio de Janeiro, a maior milícia do país, conhecida como Bonde do Zinho, controla grande parte da Zona Oeste e possui um arsenal de guerra, com armamento semelhante ao utilizado por forças militares.


“As facções criminosas e as milícias expandiram sua atuação sem que houvesse uma resposta coordenada e eficiente do Estado. Não podemos continuar assistindo à escalada da violência e ao fortalecimento do crime sem reagir”, continuou o senador.

“Essa CPI será uma oportunidade para aprofundarmos investigações, expor o funcionamento dessas redes e propor mudanças legislativas que cortem o fluxo financeiro dessas organizações e fortaleçam a segurança pública no Brasil”, finalizou.

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