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STJ autoriza acesso de família de Marielle à investigação sobre mandante de assassinato

Sexta Turma da corte entendeu que é direito do advogado ter acesso amplo aos elementos de prova sobre o caso

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, que foram assassinados no RJ
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, que foram assassinados no RJ A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, que foram assassinados no RJ

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (18), dar às famílias da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes acesso às provas já produzidas no inquérito policial que investiga os supostos mandantes do assassinato dos dois, ocorrido em março de 2018.

No julgamento, o colegiado entendeu que é aplicável o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que é direito do advogado, no interesse do representante, ter acesso às provas já documentadas em investigação.

A turma também levou em consideração recomendações internacionais para participação das famílias na investigação de homicídios, como o Protocolo de Minnesota, além de decisões recentes da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CDIH) sobre o tema.

Ao STJ, a família de Marielle afirmou que o inquérito tramita há muito tempo, sem nenhum resultado útil. O relator do recurso é o ministro Rogerio Schietti.

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No voto, ele disse que o acompanhamento das investigações pela família é um direito e evita revitimização. "O direito do acesso à vítima ao inquérito deflui do princípio republicado que trata de garantir memória e devida reparação. É um direito à verdade, à memória e à Justiça. Negar acesso da vítima é reduzi-la a uma não entidade e reforçar a violação de seus direitos", disse.

Há dois acusados de cometer o crime: Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz. Eles seguem presos preventivamente e serão julgados pelo Tribunal do Júri, conforme já confirmou o STF.

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