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R7 Brasília

Univaja diz que suspeitos pelas mortes de Dom e Bruno integram organização criminosa

Entidade rebateu declarações da PF, que afirma que não existem mandantes ou envolvimento do crime organizado nos homicídios

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Operação da PF no Amazonas conduz homem que confessou ter matado Dom e Bruno
Operação da PF no Amazonas conduz homem que confessou ter matado Dom e Bruno

A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) afirmou, nesta sexta-feira (17), que os pescadores Amarildo da Costa Oliveira e Oseney da Costa Oliveira, presos sob suspeita de atuarem no assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, integram uma organização criminosa. A entidade rebate declarações da Polícia Federal sobre o caso.

A corporação afirmou, também nesta sexta-feira, que as investigações mostram que "não existem mandantes" do crime e que os suspeitos não fazem parte de organizações criminosas. De acordo com a Univaja, diversos documentos com nomes, formas de atuação e detalhes sobre a organização criminosa foram repassados à PF e ao MPF (Ministério Público Federal) no segundo semestre do ano passado.

A entidade declara que o grupo criminoso atua na invasão de terras indígenas e que a crueldade das mortes de Dom e Bruno, que foram esquartejados e depois tiveram os corpos incendiados e enterrados, revela que eles atravessaram os interesses da organização criminosa ao denunciar invasões das comunidades ocupadas pelos indígenas na região.

"A nota à imprensa, emitida pela PF hoje (17/06/22), corrobora com aquilo que já destacamos: as autoridades competentes, responsáveis pela proteção territorial e de nossas vidas, têm ignorado nossas denúncias, minimizando os danos, mesmo após os assassinatos de nossos parceiros, Pereira e Phillips", declara a Univaja.

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"Esse grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito pela Equipe de Vigilância da Univaja (EVU) em ofícios enviados ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Fundação Nacional do Índio. Descrevemos nomes dos invasores, membros da organização criminosa, seus métodos de atuação, como entram e como saem da terra indígena, os ilícitos que levam, os tipos de embarcações que utilizam em suas atividades ilegais", completa a entidade.

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