A Jeep promete reescrever — a partir de outubro deste ano — a história de sucesso da marca que durou 26 anos no Brasil. Entre 1957 e 1983, foi produzido em território nacional o jipinho Willys, modelo de engenharia rústica criado para uso militar e que, nas últimas décadas, tornou-se "cult" por sua desenvoltura no fora-de-estrada e seu visual retrô.
Obviamente, não há mais espaço para o SUV dos anos 60 no mercado atual. Por isso, a marca norte-americana, agora sob gestão da Fiat, fará sua imersão no nicho dos utilitários compactos modernos com o Renegade.
O menor dos Jeeps foi revelado no Salão de Genebradeste ano com status de carro global e com produção confirmada na unidade brasileira que a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) constrói em Goiana, Pernambuco. Uma vez nacional, o modelo será adaptado ao gosto e ao bolso dos brasileiros, conforme explicou o diretor de marketing da Jeep, Adriano Resende.
— Nós teremos um carro que entregará o que nenhum competidor entrega hoje no segmento. E não me refiro apenas à capacidade de trafegar por qualquer tipo de estrada, mas a todo o conteúdo que iremos oferecer. O Renegade terá um pacote com a diversão que os demais carros da marca entregam e o design de forte personalidade. Poderíamos ter feito algo mais conservador, mas optamos por um visual com o DNA Jeep.
Segundo o executivo, haverá versões acessíveis capazes de disputar vendas com as configurações mais modestas de Ford EcoSport e Renault Duster, dupla que lidera a categoria desde 2011. Adriano não falou de valores, tampouco fez estimativas, mas confirmou que o leque de versões do jipinho será extenso, para contemplar os vários perfis de compradores dentro do nicho.
E mais: o diretor avisou que o Renegade terá equipamentos e tecnologias que seus adversários não oferecem. Isso significa que o consumidor brasileiro pode esperar, por exemplo, um sistema poderoso de tração nas quatro rodas, como o Quadra-Trac II. Este é oferecido nos modelos mais caros da Jeep, como o Grand Cherokee, e traz o Select Terrain, dispositivo com cinco programas de condução off-road (areia, lama, neve, pedra e o modo automático, que usa os parâmetros de rodagem em tempo real para fazer os ajustes).
Volume grande
Outra prova de que o Renegade terá um papel importantíssimo nos negócios da FCA no Brasil nos próximos anos é o volume de produção. Adriano Resende não falou em números, mas garantiu que o jipinho terá produção volumosa, para disputar vendas diretamente com EcoSport, Duster, Chevrolet Tracker e os demais SUVs que serão lançados até o final de 2015 — confira o especial com os oito utilitários compactos que serão lançados.
— Ainda estamos na fase final de negociação com fornecedores, mas são volumes bem fortes. O que posso adiantar é que será um veículo para brigar pela ponta do segmento, com uma gama extensa de versões e oferta inédita de conteúdo dentro da categoria. O carro vai divertir em qualquer uma das versões.
*O jornalista viajou a convite da Jeep do Brasil
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