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Cesta básica pode ficar 22,7% mais cara com fim de isenção de imposto

Proposta do governo quer tributar produtos considerados essenciais para a família brasileira, e preço do arroz, feijão e carne deverão ser elevados

Economia|Márcia Rodrigues, do R7

Em São Paulo, valor da cesta básica subiria para R$ 581
Em São Paulo, valor da cesta básica subiria para R$ 581 Em São Paulo, valor da cesta básica subiria para R$ 581

O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, já sinalizou que o governo tem uma proposta de suspender a desoneração da cesta básica. O projeto, que deve ser enviado ao Congresso Nacional ainda este ano, se aprovado, pode elevar o preço médio da cesta básica em 22,7%.

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Segundo levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), com a cobrança de impostos sobre os produtos considerados essenciais para a família brasileira, eles ficariam de 11,22% a 36,05% mais caros.

Se aprovado o projeto, passariam a compor o preço de itens da cesta básica:

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• PIS (Programa de Integração Social)

• Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e

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• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

Com isso, a carga tributária sobre 12 itens da cesta básica ficaria assim:

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• Açúcar (30,61%);

• Arroz (17,24%);

• Banana (21,78%);

• Batata (11,22%),

• Café (16,52%);

• Carne (29%);

• Farinha (17,34%);

• Feijão (17,24%);

• Leite (18,65%);

• Manteiga (33,77%).

• Molho de tomate (36,05%); e

• Óleo (22,79%);

Para chegar a esse cálculo, João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT, diz que considerou como base o preço da cesta básica de São Paulo, que hoje custa R$ 473,59.

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Com o fim da desoneração, o valor subiria para R$ 581, ou seja, 59% do salário mínimo atual, que é de R$ 998.

“Cada estado tem a sua cesta básica. O governo alega que alguns incluíram produtos que não são consumidos pela população mais pobres e que a desoneração favorece apenas a classe média”, comenta Olenike.

Ele cita o caso do salmão, incluído na cesta básica do Rio de Janeiro, que não está presente na mesa dos mais pobres.

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“Se o governo não concorda com este item, ele pode substituí-lo por outro, não tributar a cesta inteira”, defende Olenike.

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