Impulsionada pelos serviços, economia brasileira cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024
País produziu R$ 3 trilhões em riquezas no período, e soma de bens e serviços acumula 3,1% nos 12 meses finalizados em setembro
Brasília|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
A economia brasileira, representada pelo PIB (Produto Interno Bruto), cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação aos três meses imediatamente anteriores. O crescimento foi puxado, sobretudo, pelos serviços e pela indústria, que tiveram alta de 0,9% e 0,6% no período, respectivamente. Em contrapartida, a agropecuária recuou 0,9%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em setembro, o PIB, que representa a soma de bens e serviços do país, teve alta de 3,1% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O resultado vem em linha com a previsão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o PIB superaria as previsões do governo e poderia ultrapassar os 3%.
PIB do 3º trimestre
Em valores finais, o país produziu R$ 3 trilhões no terceiro trimestre. O resultado é composto de R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e de R$ 414 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No mesmo período, a taxa de investimento foi de 17,6% do PIB, acima dos 16,4% registrados no terceiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 14,9%, abaixo dos 15,4% do mesmo trimestre do ano passado.
O saldo ocorre depois de a atividade econômica brasileira crescer 1,4% no segundo trimestre do ano, com uma alta expressiva do setor industrial. No primeiro trimestre, o aumento foi de 1,1%.
Serviços puxam PIB
O crescimento dos serviços se deve aos desempenhos positivos das atividades de informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1%), comércio (0,8%), transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).
Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação. Por outro lado, caíram: construção (-1,7%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e indústrias extrativas (-0,3%).
3º trimestre de 2024 x 3º trimestre de 2023
Em relação ao mesmo período de 2023, o PIB avançou 4%. O Valor Adicionado a preços básicos aumentou 3,7%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 6,4%.
A indústria cresceu 3,6%, com destaque para construção (5,7%), alta reforçada tanto pela alta da ocupação como da produção dos insumos típicos dessa atividade. As indústrias de transformação (4,2%) obtiveram expansão, influenciada, principalmente, pela fabricação de veículos automotores.
Os serviços avançaram 4,1% na comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para a alta de informação e comunicação (7,8%) e outras atividades de serviços (6,4%). Cresceram também atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1%), comércio (3,9%), atividades imobiliárias (3,1%), transporte, armazenagem e correio (2,5%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%).
A agropecuária recuou 0,8% em relação a igual período de 2023.
Acumulado do ano
No acumulado do ano, de 1º de janeiro até o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 3,3% em relação a igual período de 2023. Nessa comparação, a agropecuária caiu (-3,5%), enquanto a indústria (3,5%) e os serviços (3,8%) ficaram no campo positivo.
As atividades da indústria com expansão ao longo do ano são eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,1%), construção (4,1%), indústrias de transformação (3,2%) indústrias extrativas (2,0%).
Nos serviços houve alta em informação e comunicação (6,2%), outras atividades de serviços (5,6%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,3%), atividades imobiliárias (3,6%), comércio (3,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (1,9%) e transporte, armazenagem e correio (1,2%).