A poucos dias das eleições, Skaf se mostra confiante com virada: "No segundo turno vamos debater a dois"
Candidato participou de debate de TV Record na noite desta sexta-feira, em São Paulo
São Paulo|Ana Ignacio, do R7

O candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, se demonstrou confiante em um segundo turno em São Paulo. Mesmo após a divulgação de pesquisa Datafolha nesta sexta-feira (27), — que indica Skaf com 22% e mostra que Alckmin subiu para 51% das intenções de voto, sendo reeleito no primeito turno —o peemedebista diz acreditar que o quadro ainda pode ser alterado.
Após debate entre os sete principais candidatos ao governo do Estado, realizado pela TV Record, também transmitido pelo R7, na noite de sexta, Skaf destacou a importância de levar a eleição para o segundo turno.
— No segundo turno é melhor. A população deve levar essa eleição pro segundo turno porque são dois debatendo e dá a oportunidade das coisas virem à superfície, e as pessoas saberem da verdade do que acontece no estado de São Paulo. No segundo turno vamos debater a dois e aí vamos saber como as coisas estão em São Paulo. Por isso é importante que a população leve essa eleição de São Paulo para o segundo turno.
Datafolha indica vitória de Alckmin em São Paulo
Antes do debate, diversas pessoas da campanha do empresário demonstraram estranheza com o resultado da pesquisa Datafolha. Os dados, segundo eles, não batem com os levantamentos internos do partido. "Nas nossas pesquisas, o Alckmin tinha caído 7 pontos", disse um importante nome da campanha de Skaf.
Além disso, Skaf, que não foi escolhido por Alckmin para responder nenhuma das perguntas realizadas por ele nesta noite, criticou a postura do governador ao dizer que não teve oportunidade para se defender das críticas que recebeu durante o debate.
— Ele teve sim, ele se defendeu onde deu para se defender, onde é indefensável, ele não consegue se defender. Ele não vai falar que pôs bloqueador onde ele não pôs. Ele fala de AMEs [Ambulatório Médico de Especialidades], que fez 16, mas o Serra fez 36, ele segurou. Como ele não tem como se defender ele falou que a regra do debate [não permitiu a defesa], mas em muitas coisas ele se defendeu sim, mas onde não dá para se defender ele inventou essa.
Skaf teve que lidar com algumas perguntas duras dos candidatos. Entre os temas levantados por seus adversários, destaca-se a questão da situação do Sesi e do Senai — instituições presididas por ele por dez anos —, a postura do peemedebista em relação aos protestos de rua e o questionamento sobre o uso de ônibus e metrô por parte do empresário. Em uma das perguntas, o candidato do PSOL, Gilberto Maringoni, lembrou que Skaf usou helicóptero para ir embora do debate realizado no SBT e provocou o adversário perguntando se o empresário usa transporte público.