Como foi feita a mudança na Casa Branca para receber Trump
Enquanto o novo presidente toma posse, uma grande operação logística transforma a residência oficial para receber a nova família
Internacional|Do R7

No dia que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, a Casa Branca viveu um momento de transição tão simbólico quanto a própria cerimônia de posse. Além de marcar o início de um novo governo, é também o dia em que a residência oficial troca de moradores em uma operação que mistura logística precisa e emoção.
Nesta segunda-feira (20), depois que Joe Biden e sua família se despediram da casa na Avenida Pensilvânia, 1600, os preparativos já estavam o mais rápido possível para receber os novos moradores.
Tudo acontece em um intervalo de tempo curto: entre quatro e cinco horas. Assim que o presidente em fim de mandato deixa a Casa Branca para a cerimônia de posse, cerca de 100 funcionários entram em ação. Eles embalam cuidadosamente os pertences da família que está de saída e preparam o lar para os novos ocupantes, com atenção a detalhes que vão desde a escolha de colchões até as marcas de produtos de limpeza preferidas da nova família presidencial.
Essa mudança não envolve empresas externas. É uma tarefa conduzida pelo chefe de cerimônias da Casa Branca e sua equipe, pessoas treinadas e com autorização de segurança para lidar com os bastidores desse símbolo de poder.
O trabalho começa muito antes do dia da posse. Meses antes, quando os resultados das primárias começam a apontar os possíveis futuros ocupantes, a equipe já estuda hábitos, gostos e até as preferências de café da manhã dos candidatos.
O dia da troca
Antes que os caminhões de mudança comecem a circular, o dia começa com um momento carregado de emoção. Na Sala de Jantar de Estado, o presidente e a primeira-dama se despedem dos funcionários que os acompanharam ao longo do mandato. Há abraços, lágrimas e palavras de agradecimento.
Segundo Kate Andersen Brower, autora do livro The Residence: Inside the Private World of the White House, o ambiente é cheio de afeto e respeito mútuo. Como forma de lembrança, a família que parte recebe as bandeiras americanas usadas no início e no fim do mandato.
Quando a cerimônia de posse começa, os caminhões assumem o protagonismo. De um lado, os pertences da família que está partindo são levados embora; do outro, chegam as caixas e móveis da nova família presidencial. Em poucas horas, a Casa Branca está pronta para receber seus novos moradores, em um processo que reflete tanto o pragmatismo quanto o simbolismo dessa transição de poder.
“É um verdadeiro milagre logístico”, resume Jeffrey Engel, diretor do Centro de História Presidencial da Universidade Metodista Meridional.