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Deputados dos EUA devem votar amanhã pedido de expulsão de George Santos

Parlamentar republicano acumula acusações de corrupção e tem um histórico de mentiras sobre a própria vida

Internacional|Do R7

Santos (foto) se elegeu após inventar diversas histórias sobre si
Santos (foto) se elegeu após inventar diversas histórias sobre si

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos deve votar nesta sexta-feira (1º) o pedido de expulsão do deputado republicano filho de brasileiros George Santos, que enfrenta acusações criminais de corrupção e novas acusações em relação a gastos de campanha, de acordo com assessores republicanos.

Ele se recusa a renunciar, mas garante que não tentará se reeleger no próximo ano.

Vários parlamentares apresentaram moções visando ao deputado de primeiro mandato depois que um relatório de seus pares sugeriu que os promotores federais deveriam apresentar acusações adicionais contra Santos, de 35 anos, que fabricou grandes aspectos de sua história de vida na campanha eleitoral.

A moção requer maioria de dois terços na Câmara, que os republicanos controlam por uma estreita diferença de 222 a 213 assentos.


O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou que os líderes do partido não dirão aos membros como votar porque alguns acreditam que ele não deve ser expulso antes que seu caso criminal seja resolvido.

"Pessoalmente, tenho sérias reservas quanto a fazer isso [expulsá-lo]. Estou preocupado com o precedente que pode ser criado", disse ele em uma coletiva de imprensa.


Johnson chegou a afirmar que a votação ocorreria nesta quinta-feira (30), mas assessores republicanos, que falaram sob condição de anonimato, sugeriram mais tarde que a votação está prevista para amanhã.

O distrito de Santos, que inclui uma pequena parte da cidade de Nova York e alguns de seus subúrbios ao leste, é considerado competitivo para as próximas eleições.


Em 16 de novembro, o Comitê de Ética divulgou um relatório sobre as alegações de que Santos cometeu fraude no financiamento de campanhas.

O relatório documentou um padrão de contabilidade deficiente e o uso indevido de fundos de campanha tão difundido que sua eleição "pôs em questão a integridade da Câmara".

Santos já havia se declarado inocente de acusações federais feitas por promotores de Nova York de lavagem de fundos de campanha para pagamento de despesas pessoais e cobrança de cartões de crédito de doadores sem permissão, entre outras violações de financiamento de campanha.

O deputado não respondeu a um pedido de comentário.

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