Um grupo de 13 pais e mães, entre os quais está a atriz de "Desperate Housewives", Felicity Huffman, se declarou culpado nesta segunda-feira (8) de participar de um esquema fraudulento para facilitar por meio de subornos a admissão de seus filhos em prestigiadas universidades americanas.
A promotoria de um tribunal em Boston (Massachusetts) acusa a atriz, junto a outras 50 pessoas, de organizar um esquema para trapacear no exame de ingresso a várias universidades, para o que chegaram a pagar US$ 25 milhões (cerca de R$ 96 milhões) em subornos.
Os fiscais promotores consideram que esta é a maior fraude de admissão universitária descoberta na história dos Estados Unidos.
"Envergonhada"
Huffman, que aparece entre os 13 tutores legais que decidiram declarar-se culpados, disse nesta segunda-feira em comunicado que está envergonhada da dor que causou à sua filha, à sua família, a amigos, colegas e à comunidade educativa.
Concretamente, Huffman admitiu ter pagado US$ 15.000 (cerca de R$ 58 mil) a uma organização beneficente falsa para disfarçar o suborno com o qual tentou alterar o exame de admissão à universidade da sua filha.
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"Quero desculpar-me com os estudantes que trabalham arduamente todos os dias para entrar na universidade e com seus pais que fazem enormes sacrifícios para apoiar seus filhos com honestidade", afirmou a atriz, que foi indicada em 2005 ao Oscar de melhor atriz por seu papel no filme "Transamérica".
A atriz, que também encarnou Lynette Scavo na série "Desperate Housewives", ressaltou que sua filha não sabia nada e considerou que seu desejo de ajudá-la não deveria tê-la levado a infringir a lei.
Outros acusados
Além de Huffman, outra atriz, Lori Loughlin, também está entre os mais de 30 pais e mães acusados de participar da rede de subornos com a esperança de que seus filhos ingressassem em universidades prestigiadas como Yale, Georgetown e a Universidade do Sul da Califórnia.
Ao contrário de Huffman, Loughlin, conhecida por sua participação na série "Três é Demais", não consta na lista de acusados que decidiram declarar-se culpados.
O Departamento de Justiça dos EUA descobriu em março a rede de subornos milionários que envolve 50 pessoas, entre eles familiares, diretores de universidades, supervisores de exames e treinadores.