Forças Armadas russas entram para 'lista da vergonha' da ONU
Organização repreende atos violentos contra crianças em meio a conflitos armados e cobra uma ação imediata
Internacional|Larissa Crippa* do R7, com informações da AFP
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório anual sobre violações dos direitos das crianças em conflitos de guerra. A Rússia entrou oficialmente para a chamada "lista da vergonha", que expõe países e grupos responsáveis por atrocidades contra menores de idade.
Os grupos armados afiliados ao país estão sendo repreendidos devido às suas ações na Ucrânia. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação em relação ao elevado número de ataques.
Escolas, hospitais e pessoas vulneráveis sofrem com as ofensivas de forças russas e combatentes associados a Moscou. As acusações incluem assassinatos, sequestros e outros abusos cometidos contra crianças em meio a conflitos armados.
De acordo com o relatório, distribuído entre os membros do Conselho de Segurança nesta quinta-feira (22), a ONU confirmou que, em 2022, na Ucrânia, 477 crianças morreram. Deste total, 136 perderam a vida pelas mãos das forças russas e afiliadas e 80 pelas Forças Armadas ucranianas; e 909 foram mutiladas, sendo 518 pelas forças russas e grupos afiliados e 175 pelas forças ucranianas.
Embora as Forças Armadas ucranianas não sejam mencionadas no anexo sobre os responsáveis pelas violações, a chamada "lista da vergonha", o relatório lança uma advertência a Kiev, "devido ao número de crianças assassinadas e mutiladas e aos ataques a escolas e hospitais".
Leia também
O relatório destaca que violações dos direitos das crianças são "inaceitáveis" e demandam "ação imediata". A inclusão na lista implica que o país ficará sujeito a possíveis sanções do Conselho de Segurança da ONU. É esperado que a Rússia se comprometa com um plano de ação para acabar com tais violações.
O relatório anual da ONU visa aumentar a conscientização global sobre a situação das crianças em guerras e pressionar os países e os grupos envolvidos a porem um fim à violência.
Saiba quem são os ocupantes do submarino que desapareceu em expedição ao Titanic