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Investigações apontam falhas em projeto de Boeing 737 Max

Processo de certificação defeituoso e falta de informação dos pilotos sobre sistema de controle de voo foram determinantes para acidente na Indonésia

Internacional|Da EFE

Boeing 737 Max 8: processo de certificação falho
Boeing 737 Max 8: processo de certificação falho Boeing 737 Max 8: processo de certificação falho

Investigadores indicaram no relatório final divulgado nesta sexta-feira (25) que falhas no projeto e no processo de certificação dos Boeing 737 Max 8 foram determinantes para o acidente ocorrido na Indonésia em outubro de 2018, que deixou 189 mortos.

As falhas no projeto se agravaram pela falta de informação dos pilotos sobre o sistema de controle de voo e os erros na manutenção da aeronave por parte da Lion Air, entre vários fatores, explicou o Comitê Nacional de Segurança no Transporte (KNKT) no relatório definitivo sobre acidente.

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"A investigação considera que o projeto e a certificação da função MCAS (Sistema de Aumento das Caraterísticas de Manobra, em inglês) foi inadequada", indica o relatório sobre as causas da queda do avião no mar de Java.

"A Boeing assumiu que a dependência do MCAS em um só sensor era suficiente para cumprir os requisitos de certificação. Nós pensamos que este sistema é vulnerável", acrescentou Nurcahyo Utomo, investigador do KNKT, em entrevista coletiva.

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O relatório conclui que a Administração Federal de Aviação, órgão americano que deu a sinal verde ao projeto dos 737 Max e ao sistema automático MCAS, baseou a sua decisão em suposições equivocadas.

O MCAS evita que o avião entre em perda, ou seja, que não tenha velocidade suficiente para se manter no ar, inclinando para baixo o nariz do avião.

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Durante o acidente, leituras errôneas de um sensor defeituoso ativaram o MCAS e os pilotos tiveram que corrigir o descenso do avião mais de 30 vezes antes de perderem o controle da aeronave por desconhecerem a origem do problema. O voo JT610 da Lion Air caiu no mar em 29 de outubro do ano passado, pouco após decolar de Jacarta.

Em março deste ano, um segundo acidente do mesmo modelo de avião na Etiópia, no qual morreram 157 pessoas, arrastou a Boeing para uma crise histórica após o congelamento das entregas e proibição de voos dos 737 Max.

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