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Irã atribui a ansiedade a maioria dos casos de suspeita de envenenamento de meninas

Segundo autoridades, menos de 10% dos casos apresentam sintomas reais provocados por uma 'substância irritante'

Internacional|Do R7

Meninas foram levadas a hospitais com suspeitas de envenenamento
Meninas foram levadas a hospitais com suspeitas de envenenamento

As autoridades do Irã atribuíram nesta segunda-feira (6) a "ansiedade" pela grande maioria dos casos suspeitos de envenenamento por gás em escolas femininas, e culparam "uma substância irritante" por uma pequena parte dos sintomas "reais" que mostraram "algumas" alunas.

O Irã sofre uma onda de supostos envenenamentos em centenas de instituições educacionais femininas em dezenas de cidades que começou há três meses, se multiplicou nos últimos dias e afetou milhares de estudantes, muitas delas sendo hospitalizadas.

"Menos de 10% dos casos apresentaram sintomas reais e a maioria está relacionada à ansiedade", disse o vice-ministro da Saúde do Irã, Saeed Karimi, que faz parte de uma equipe que investiga os envenenamentos.

"Algumas das alunas foram expostas a uma substância irritante que é principalmente inalada", disse o vice-ministro, que não explicou de que produto se trata.


Esta substância seria responsável pelos sintomas de irritação na garganta, tosse, dificuldades respiratórias, fraqueza, arritmias ou incapacidade de mover as extremidades que milhares de estudantes têm apresentado em todo o país, segundo o jornal local Shargh.

Os restantes dos casos foram provocados por uma espécie de contágio psicológico e ansiedade sobre o que estava acontecendo, segundo o vice-ministro.


“Alunas próximas daquelas que foram expostas ao irritante se contagiaram de ansiedade e preocupação, e outros que não estavam na escola onde a substância irritou as estudantes, mas leram notícias a respeito sobre o assunto e sofreram complicações causadas por efeitos psicológicos”, afirmou.

Karimi afirmou que a grande maioria das meninas e jovens internadas teve alta em menos de seis horas e apenas as que sofriam de algum tipo de doença como a asma necessitaram de mais cuidados médicos.


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Por sua vez, o Ministério do Interior iraniano disse nesta segunda-feira que não encontrou substâncias "tóxicas ou perigosas" nas análises efetuadas nas alunas internadas e também atribuiu a "ansiedade" mais de 90% dos casos.

O departamento disse ter encontrado "estimulantes" em menos de 5% dos casos que provocaram "mal-estar" e o aparecimento de "sintomas" leves nas meninas.

"Este pode ser um ato deliberado e criminoso, que está sendo investigado por agências de inteligência e segurança", segundo o comunicado.

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