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Norte-coreanos e chineses estão se infiltrando em empresas estatais dos EUA, diz autoridade

Diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional diz que casos foram encaminhados ao Departamento de Justiça

Internacional|Do R7

Bill Pulte diz que norte-coreanos e chineses estão se infiltrando em empresas estatais dos EUA Reprodução/X/@BloombergTV

O diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional (FHFA) dos Estados Unidos, Bill Pulte, disse nesta terça-feira (6) que cidadãos da China e da Coreia do Norte foram identificados trabalhando em empresas patrocinadas pelo governo norte-americano.

Pulte disse que esses cidadãos se passavam por funcionários ou contratados terceirizados para se infiltrar nas GSEs, como são chamadas as empresas estatais do país. A afirmação foi feita durante uma entrevista à Bloomberg TV.

“Ouvimos, por exemplo, [e] recentemente indiciamos criminalmente alguns norte-coreanos e chineses por trabalharem na Fannie Mae e na Freddie Mac (empresas do mercado de hipotecas). Quer dizer, o que os chineses e os norte-coreanos estão fazendo nessas empresas?”, questionou.

Segundo Pulte, os cidadãos identificados foram encaminhados ao Departamento de Justiça (DOJ) para investigação criminal.


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Questionado pela repórter Sonali Basak sobre a nacionalidade desses funcionários, o diretor confirmou que se tratavam de cidadãos não norte-americanos. “Havia estrangeiros trabalhando, se passando por americanos de verdade ou, em alguns casos, por prestadores de serviço”, disse.

Ele também mencionou que alguns indianos foram identificados em situações semelhantes – possivelmente ligados a recentes demissões na Fannie Mae, onde cerca de 100 funcionários foram dispensados por conduta antiética em um programa de subsídios, segundo a HousingWire, empresa de dados imobiliários.


Pulte disse que a FHFA está intensificando a supervisão de contratos e da burocracia nas GSEs e no sistema habitacional norte-americano.

Ele revelou que “cinco ou seis pessoas” já foram encaminhadas ao Departamento de Justiça por envolvimento em atividades suspeitas relacionadas a cidadãos chineses e norte-coreanos. “Ainda há mais por vir sobre isso”, acrescentou.


Currículo usado por suposto espião norte-coreano para se candidatar a vagas de tecnologia Divulgação/GTIG (Grupo de Inteligência contra Ameaças do Google)

Contexto de tensões geopolíticas

As declarações de Pulte ocorrem em meio à guerra comercial entre os EUA e a China, iniciada pelas tarifas do presidente Donald Trump sobre importações chinesas. Apesar de diálogos econômicos em andamento, as relações permanecem estremecidas.

Com a Coreia do Norte, os EUA mantêm uma relação historicamente hostil, reforçada pelo armistício de 1953 que encerrou a Guerra da Coreia e estabeleceu a zona desmilitarizada entre as Coreias do Norte e do Sul, esta última aliada dos americanos.

No início de abril, o Grupo de Inteligência contra Ameaças do Google (GTIG) disse que espiões norte-coreanos estavam se passando por trabalhadores remotos de tecnologia da informação (TI) para se infiltrar em empresas da Europa e dos EUA.

Um relatório do grupo afirma que os agentes de Kim Jong-un usam táticas sofisticadas para conseguir empregos em organizações estrangeiras, muitas vezes com o objetivo de espionagem corporativa, roubo de dados e até ataques cibernéticos.

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