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Quem é o jornalista libertado após 51 dias preso por ‘terrorismo’ na Turquia

Joakim Medin, jornalista sueco de 40 anos, foi solto depois de ser detido por supostamente participar de manifestação ligada ao PKK

Internacional|Do R7

Joakim Medin, jornalista sueco de 40 anos, foi solto após 51 dias de prisão Reprodução/X/@KarlssonMax

O jornalista sueco Joakim Medin, de 40 anos, foi libertado neste sábado (17) após 51 dias detido na Turquia sob acusações de insultar o presidente Recep Tayyip Erdogan e de envolvimento com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista pelo país e aliados ocidentais.

Medin, que retornou à Suécia, desembarcou no aeroporto de Estocolmo, onde foi recebido por sua esposa e pela ministra das Relações Exteriores sueca, Maria Malmer Stenergard, segundo informações da agência AP.

A libertação foi confirmada pelo primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em uma publicação na rede social X. “O trabalho duro em relativo silêncio valeu a pena”, escreveu, destacando o intenso lobby do Ministério das Relações Exteriores sueco e de colegas europeus. “Bem-vindo de volta, Joakim!”, celebrou.

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Medin foi detido em 27 de março, ao chegar ao aeroporto de Istambul, e encarcerado no dia seguinte. O governo turco alegou que ele era procurado por “filiação a uma organização terrorista armada” e por “insultar o presidente”.


A acusação apontava a participação dele em uma manifestação em Estocolmo, em janeiro de 2023, onde um boneco com o rosto de Erdogan foi queimado, organizada por apoiadores do PKK. O governo turco negou que a prisão estivesse relacionada a atividades jornalísticas.

Durante a detenção, Medin ficou em confinamento solitário em uma ala para presos políticos, segundo a AP. Embora não tenha sofrido violência física, o jornalista disse que o isolamento afetou sua saúde mental.


“Finalmente, está tudo bem. Estou muito cansado, de corpo e mente. Mas me sinto bem. A pressão no meu peito desapareceu assim que decolamos e começamos a voltar para casa”, disse Medin em entrevista ao jornal sueco Dagens ETC.

Mais tarde, à Sveriges Television, a rede pública sueca, Medin disse: “Viva a liberdade: liberdade de imprensa, liberdade de expressão e liberdade de movimento.” Ele revelou que, desde o primeiro dia de prisão, pensava no que diria ao ser libertado.


Medin ainda responde a um processo por acusações de terrorismo na Justiça turca, mas a mídia sueca informou que ele não precisará comparecer presencialmente ao tribunal.

Desde a prisão do prefeito de Istambul e líder da oposição, Ekrem Imamoglu, em 19 de março, pelo menos dez jornalistas turcos foram detidos. Um jornalista da rede britânica BBC foi expulso. Medin foi o segundo jornalista estrangeiro preso no período.

Na última segunda-feira (12), o PKK anunciou sua dissolução, encerrando mais de 40 anos de luta armada contra Ancara por um estado curdo independente.

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