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Texas confirma primeira morte por sarampo nos EUA em quase uma década

Óbito foi registrado no Texas em meio a um surto da doença, que já infectou mais de 130 pessoas nos EUA; vítima não havia sido vacinada

Internacional|Do R7

O Sarampo é uma doença altamente transmissível. DF teve um caso ano passado
O Sarampo é uma doença altamente transmissível Reprodução/Jornal da Record

Uma criança em idade escolar morreu em um hospital infantil no oeste do Texas, marcando a primeira morte por sarampo registrada nos Estados Unidos nos últimos dez anos. O caso foi confirmado nesta quarta-feira (26) por autoridades de saúde locais.

A vítima, que não havia sido vacinada contra a doença, faleceu em um hospital de Lubbock, de acordo com informações divulgadas pela imprensa. A morte ocorre em meio a um surto da doença no estado, que já ultrapassa 130 casos entre Texas e Novo México.

Segundo o Departamento de Saúde do Texas, desde o início de fevereiro, pelo menos 124 pessoas foram diagnosticadas com sarampo no oeste do estado – a maioria delas crianças. Além disso, nove novos casos foram confirmados nesta terça-feira (25) no leste do Novo México, próximo à divisa com o Texas. O surto já se espalhou por pelo menos dez condados.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida pelo ar, e sua taxa de mortalidade nos Estados Unidos varia de 1 a 3 mortes a cada mil casos relatados, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O último óbito registrado no país ocorreu em 2015.


Autoridades de saúde informaram que, até o momento, 18 pessoas precisaram ser hospitalizadas devido a complicações da doença. O CDC não comentou oficialmente o caso.

Foco do surto e hesitação vacinal

De acordo com Lara Anton, porta-voz do Departamento de Saúde do Texas, o surto tem atingido principalmente crianças pequenas e adolescentes, com os primeiros casos concentrados em uma comunidade menonita no condado de Gaines, onde a vacinação é pouco adotada e a maioria das crianças recebe educação domiciliar.


“É uma escolha pessoal, e a comunidade não costuma buscar atendimento médico regular”, afirmou Anton à emissora ABC.

O epidemiologista Peter Hotez, diretor do Centro para Desenvolvimento de Vacinas da Universidade de Baylor, alertou que a situação pode piorar antes de ser controlada. “O sarampo é uma doença grave, e cerca de 20% dos casos acabam em hospitalização”, explicou. Segundo ele, o Texas se tornou o epicentro do surto devido à força do movimento antivacina na região.


Atualmente, não há indícios de que os primeiros pacientes tenham viajado para fora dos Estados Unidos, e a origem da transmissão inicial ainda não foi identificada. Especialistas reforçam a importância da vacinação como principal forma de prevenção contra a doença.

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