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Vítimas de tiroteio em escola têm direito a processar fábrica de armas

Familiares de crianças mortas no massacre de Sandy Hook, em dezembro de 2012, ganham na Justiça o direito de processar fabricante do fuzil AR-15

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Em dezembro de 2012, 27 pessoas morreram na escola Sandy Hook
Em dezembro de 2012, 27 pessoas morreram na escola Sandy Hook Em dezembro de 2012, 27 pessoas morreram na escola Sandy Hook

Familiares de 9 das 27 vítimas e uma professora sobrevivente do massacre na escola primária Sandy Hook, que aconteceu em 14 de dezembro de 2012, ganharam na Justiça norte-americana a chance de processar os fabricantes do fuzil AR-15 usado no tiroteio.

A Suprema Corte do estado de Connecticut divulgou nesta quinta-feira (14) que, por 4 votos a 3, o entendimento do órgão é que os parentes têm o direito de processar a Remington, que fabricou o fuzil Bushmaster AR-15 que Adam Lanza utilizou para matar sua mãe e outras 26 pessoas, incluindo 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos.

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A decisão desta quinta ajudará as famílias a contornar uma lei federal de 2005, que basicamente protege toda a indústria de armas contra processos semelhantes. Dessa forma, a Remington, que pediu concordata no ano passado, será processada pela maneira como anunciava a arma.

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Glorificação da violência

Segundo a ação formulada pelos advogados das famílias, as campanhas publicitárias da fabricante "glorificavam" violência e batalhas e apelava para slogans como "considere sua licença para ser homem renovada".

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Na decisão, os juízes definiram que "ficará a cargo de um júri decidir se os esquemas promocionais citados no processo chegam ao nível de práticas de venda ilegais e se parte da responsabilidade pela tragédia pode ser colocada na empresa".

Os familiares das vítimas comemoraram a decisão. "Estou muito agradecida. Ninguém deve ter imunidade garantida, tem de haver consequências. Queremos ir ao tribunal e descobrir porque eles fizeram as coisas dessa forma e o que precisa ser mudado", disse Nicole Hockley, que perdeu o filho Dylan, de 8 anos, na tragédia.

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"A Remington nunca conheceu Adam Lanza, mas o cortejou por anos", disse Joshua Koskff, um dos advogados da família, explicando como a empresa apelava para públicos como o atirador: homens jovens, fanáticos por armas.

O fuzil foi comprado legalmente por Nancy Lanza, mãe de Adam. Ela foi a primeira vítima do filho no dia do massacre e morreu baleada em casa. Ele se matou após assassinar as 20 crianças e seis funcionárias da escola Sandy Hook.

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