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UFMG avalia adotar mais uma modalidade de processo seletivo a partir de 2024

Após dez anos de ingresso exclusivo pelo Sisu, a maior universidade de Minas Gerais analisa também usar o modelo seriado

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

UFMG pode adotar mais uma forma de ingresso
UFMG pode adotar mais uma forma de ingresso

A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) pode adotar mais uma forma de ingresso de estudantes no ano que vem. A reitoria e a comunidade acadêmica avaliam implementar o processo seletivo seriado, aplicado em três etapas, nos anos que compõem o ensino médio.

Em entrevista ao R7, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida explicou que o aniversário de dez anos do uso do Sisu (Sistema de Seleção Unificado) na universidade motivou a avaliação do atual sistema de ingresso.

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"Fizemos um estudo para avaliar a aplicação do Enem nos últimos dez anos. O efeito do Sisu foi um certo distanciamento da UFMG em relação à educação básica e ao ensino médio. Antes, quando tínhamos o vestibular, a universidade ia à escola, e a escola visitava a UFMG. Queremos uma interação melhor com o ensino médio", detalhou a chefe da universidade.

O processo seletivo seriado prevê a aplicação de uma prova em cada um dos três anos do ensino médio. O vestibulando interessado participa de cada uma das etapas. Ao fim, o resultado leva em consideração as notas dos três anos. Instituições como a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e UNB (Universidade de Brasília) adotam o modelo. "Assim, o aluno pode se preparar aos poucos para fazer o exame", explicou Sandra Regina.


O projeto está em fase de avaliação. A comunidade acadêmica discutiu o tema em uma reunião no Campus Saúde nesta quarta-feira (22). Uma nova reunião será realizada na próxima qu arta(29). Depois, a universidade vai marcar audiências públicas com escolas, professores e alunos, que poderão opinar.

"Vamos encaminhar as avaliações para os órgãos superiores da universidade. Se for positiva a proposta, vamos preparar um projeto mais detalhado, com o número de vagas, por exemplo. Há universidades que destinam 20% ou 30% das vagas para o processo seletivo. Possivelmente, no começo será um número menor, para avaliar a adesão e o interesse dos alunos", acrescentou a reitora.

"Possivelmente, essa discussão só vai se fortalecer no ano que vem. Aí veremos se seria possível implementar o processo seletivo seriado ao final de 2024", concluiu.

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