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Zema alerta para falta de 'kit intubação' e culpa governo federal

Governador de Minas disse, em entrevista, que hospitais têm estoque para mais um ou dois dias e que teme ter "notícias tristes"

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Governador alertou para falta de remédios
Governador alertou para falta de remédios

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) alertou nesta quinta-feira que algumas unidades de saúde do Estado só têm estoque de medicamentos do chamado "kit intubação" para mais "um ou dois dias" e que "poderemos ter notícias tristes" a partir de amanhã, com relação à falta dos remédios

Em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, sede do governo estadual, Zema culpou o Ministério da Saúde pela falta de sedativos nos hospitais do Estado. De acordo com o governador, a pasta alterou a forma de aquisição do "kit intubação". 

Veja: Queiroga diz que acesso a kit intubação será normal em 15 dias

— Houve uma mudança no Ministério da Saúde, que pediu requisição administrativa desses insumos junto à indústria. Antes, cada unidade hospitalar fazia o pedido na indústria mas, com essa requisição, o Ministério da Saúde passou a ter acesso a toda a produção e não temos tido acesso a esses medicamentos na velocidade adequada. 


Ainda conforme Zema, unidades hospitalares que costumavam manter um estoque de 60 dias ou mais, "muitas delas têm estoque para 1 dia, 2 dias". 

— Estamos correndo risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos e isso nao pode ocorrer de forma nenhuma. 


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Segundo o governador, o consumo desses medicamentos aumentou quase 10 vezes e o Estado tem tentado importar os produtos.

— Temos, hoje, uma situação crítica e amanhã poderemos ter notícias desagradáveis, caso o fornecimento não seja normalizado.


Para o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, a requisição administrativa feita pelo Ministério da Saúde causa sobrecarga na área técnica da SES-MG, que tem que monitorar os estoques de hospitais públicos e privados para fazer remanejamento dos medicamentos. 

A pasta determinou que toda unidade hospitalar pública ou privada do Estado informe ao Governo de Minas o estoque de medicamentos que fazem parte do "kit intubação" a cada semana. Com isso, criou-se uma "rede solidária" e uma unidade com estoque maior pode repassar para outra. 

— Todo o nosso estoque já foi disponibilizado. Não temos mais nada, somente a rede solidária. Estamos tentando buscar alternativas, substituir um bloqueador neuromuscular por outro, por exemplo. Mas isso é muito difícil. Não era papel da secretaria, era da gestão hospitalar.

Oxigênio

Ainda durante entrevista coletiva, Zema afirmou, ainda, que o problema da falta de oxigênio nas unidades hospitalares foi sanado. Segundo ele, havia uma falta de cilindros, mas que a situação já se encontra normalizada. 

— O problema do oxigênio foi solucionado. Era um problema mais da falta do vasilhame e, com a ajuda da Fiemg [Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), nós conseguimos resolver. Além disso, vários hospitais que trabalhavam com cilindro se adaptaram e estão passando para um sistema de tanque de oxigênio.

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