[Avaliação] Mercedes GLC 300 se destaca pela tecnologia mas cobra caro 

O Mercedes-Benz GLC 300 reúne um pacote de tecnologia e desempenho para compradores que buscam um produto eficiente e jovial. Com mudanças sutis na dianteira e desempenho de destaque com o motor 2.0, o R7-Autos Carros avaliou o modelo por uma semana ao longo de 1.000 quilômetros rodados.

O estilo é típico da marca unindo a sobriedade clássica da marca da estrela à esportividade. Com grade mesclando elementos na cor cinza o GLC 300 é clássico é inconfundível. Na traseira, a queda da coluna C destaca o estilo do cupê médio. As lanternas são grandes e o emblema Mercedes-Benz repousa em uma tampa de porta-malas limpa e sem muitos elementos.

É isso basta para que o GLC 300 seja um digno representante da marca, acima do GLA e GLB recém renovados. Por dentro o acabamento mescla couro, madeira e alumínio de toque frio e de bom gosto. Bancos em couro claro, ajuste elétrico com extensor e encosto de cabeça também ajustáveis ao toque de um botão contribuem com a proposta moderna do carro.

O pacote de tecnologia e conforto condiz com um Mercedes. Há controle de Cruzeiro adaptativo de funcionamento suave, alertas e sistema de manutenção na faixa, câmera de alta resolução, farois Full LED bem eficientes e multimídia conectada embora ofereça espelhamento de celulares e sistema Android Auto e Apple Car Play apenas com fio. É possível até iluminar a cabine com várias cores e combinações distintas mas não há navegador nativo como nos modelos mais caros. E nem faz falta. O som Burmester é digno de um carro premium a bordo e agrada pela definição.

O espaço interno é ótimo para quem viaja à frente e razoável para quem está no banco traseiro mas o GLC 300 compensa tudo isso com acerto eficiente de suspensão. O porta malas tem 500 litros mas é muito raso e colocar uma mala grande já ocupa todo esse volume. Isso se deve ao tampão inferior muito elevado. Como consolo dá para colocar mochilas e bolsas sob a tampa.

O motor 2.0 turbo de quatro cilindros com injeção direta bebe somente gasolina mas entrega ótima potência: 258cv e 37,7 mkgf a apenas 1.800 rpm. Trabalhando com tração integral 4Matic e câmbio de nove marchas o GLC 300 é suave, silencioso e esportivo combinado com suspensão independente e tração à medida como se estivesse a bordo de um modelo menor e mais baixo.

Nos quatro modos de condução o GLC 300 entrega comportamentos distintos incluindo o Eco notavelmente econômico ou o Sport+ onde a direção elétrica fica mais dura e as respostas do carro bem mais ariscas. Ao longo de um trajeto de 1.000km entre São Paulo e Curitiba, o GLC 300 entregou 16km/litro na estrada e 10 na cidade. Na média geral, 13,7km/l o que é ótimo para o seu porte e potência. 

Pena que o preço de R$ 540 mil seja muito superior a um Audi Q5 por exemplo, seu concorrente direto bem como o BMW X4. Na prática o GLC 300 coupé é mais caro que todos os seus concorrentes. Comparando com o Volvo XC60 então, que é híbrido plugin, o GLC 300 fica devendo uma boa relação entre custo e benefício. Grosso modo, ele é mais caro até mesmo que um Porsche Macan com mesmo motor 2.0 turbo é que custa R$ 110 mil a menos. Mas entrega o que se espera de um Mercedes combinado bom gosto, jovialidade e qualidade na relação do motor de 258cv.