Tracker RS tem 141 cv e acabamento esportivo, só que preço favorece rivais mais potentes; veja teste

Em 2025, a Chevrolet decidiu ir para o ataque contra os novos players chineses e, também, tradicionais. Para isso, preparou uma ofensiva com novos produtos como o novo Spark, um compacto 100% elétrico, trouxe de volta a Captiva, só que em versão elétrica, além de atualizar o Onix e, também, o Tracker. Falando do SUV compacto, agora ele parte de R$ 119.990 e na versão RS, que foi avaliada por uma semana pelo R7-Autos Carros, sai por R$ 190.500.

Embora o utilitário tenha o preço competitivo, esse valor pode empurrar o cliente para os rivais Honda HR-V e Hyundai Creta, ambos na mesma faixa de preço, mas com mais potência. Ademais, também há o Pulse Abarth, que é menor e mais potente, só que é negociado na casa dos R$ 157 mil. Claro, sem esquecer do líder da categoria, o Volkswagen T-Cross, que tem mais cavalos e custa um pouco menos. Isto posto, o Tracker RS tem como arma para vencer os concorrentes um bom trabalho de suspensão, desenho arrojado e interior com amplas telas e conectividade.

Visual, equipamentos e medidas

Em relação ao visual, o Chevrolet Tracker ficou com a cara do Equinox EV, modelo 100% elétrico da marca feito para o público norte-americano e, também, vendido no Brasil. Com isso, há faróis diurnos afilados, que foram bem trabalhados com os convencionais, que são maiores. Ambos estão unidos por uma grade frontal escurecida. As rodas também são pintadas na cor preta e têm 17 polegadas. Os retrovisores e as lanternas também ganharam tons escurecidos. Inclusive, o desenho traseiro a empresa não mexeu, uma vez que já tinha um bom padrão estético.

Já o interior recebeu painel digital de 8 polegadas, multimídia de 11 polegadas com Wi-Fi integrado, carregador de celular sem fio, alerta de ponto cego, câmera de ré, com uma boa resolução e teto solar panorâmico. De volta às telas, ambas funcionam bem, visto que o painel de instrumentos tem um gráfico de fácil visualização com números amplos, além de receber informações direto da central. Por sua vez, a multimídia conecta rapidamente tanto com Android Auto e Apple CarPlay, assim como tem ícones grandes e um toque como smartphones.

Agora, o acabamento esportivo da cabine poderia ser melhor trabalhado, assim como acontece com o Onix RS. No caso do SUV compacto, há muitos tons de vermelho nos bancos e nas portas, lembrando aqueles carros tunados dos anos 2000. A iluminação interna também poderia ter uma melhor aplicação.

Sobre o espaço, o Chevrolet Tracker RS mede 4,30 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,62 metro de altura e 2,57 metros de entre-eixos, o que é um bom espaço para quatro adultos, embora o carro comporte até cinco pessoas. O porta-malas tem a capacidade de 393 litros, o que não é muito grande, mas leva a bagagem da família e as compras do mercado sem nenhuma dificuldade.

O Chevrolet Tracker RS conta com alertas de ponto cego, de colisão frontal, de frenagem de emergência, volante com revestimento em couro, frenagem autônoma de emergência em baixa velocidade, retrovisores externos na cor do veículo e com ajustes elétricos, sensor de estacionamento traseiro, 6 alto-falantes, entrada USB dupla para o banco traseiro, faróis dianteiros e de neblina em LED, retrovisores externos com repetidor de direção e interno eletrocrômico, sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiro, entre outros equipamentos.

Dia a dia: consumo e motorização

O Chevrolet Tracker RS, que é produzido em São Caetano do Sul, vem equipado com motor 1.2 turbo com injeção direta de combustível, que entrega 141 cv com etanol e 139 cv com gasolina, além de torque de 22,9 kgfm com etanol e 22,4 kgfm com gasolina. A transmissão permanece automática de seis marchas. Ademais, esse conjunto mecânico manteve a correia banhada em óleo, assim como aconteceu no Onix. Por isso, é necessário seguir o manual do modelo na troca do lubrificante para não prejudicar a correia, que agora é fornecida por outro fabricante.

O Tracker RS tem aceleração de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e velocidade máxima de 190 km/h. O utilitário da Chevrolet tem consumo urbano de 11,0 km/l com gasolina e 7,6 km/l com etanol. Na estrada, os números sobem para 13,7 km/l com gasolina e 9,7 km/l com etanol.

Dessa forma, o SUV compacto anda bem, visto que a transmissão não tem mais o conhecido delay da GM, assim entrega aceleração dentro da média, bem como arrancadas vigorosas, permitindo ultrapassagens sem dificuldades, além de vencer fácil subidas íngremes. A suspensão segue o padrão já conhecido da Chevrolet, uma vez que é firme para enfrentar as ruas esburacadas da cidade, mas sem perder o conforto dentro do habitáculo.

Preço e rivais mais potentes

O Chevrolet Tracker RS é negociado por R$ 190.500, o que torna caro perto de alguns rivais, que são mais potentes e têm um custo um pouco acima do modelo da GM. Portanto, quem procura um carro com mais cavalos certamente optará pelos concorrentes. Agora, o utilitário fabricado em São Caetano tem bons pontos positivos, como o bom acabamento interno, já que tem plásticos bem encaixados e, embora o visual interno não seja moderno, os bancos têm uma boa costura e são confortáveis. Além disso, o crossover tem um bom nível de equipamentos, mesmo com a falta de ADAs.

Falando em rivais, o T-Cross, que lidera o segmento, é vendido na versão Highline 250 TSI por R$ 189.990 e tem motor 1.0 turbo de 150 cv. Por sua vez, o HR-V Advance R$ 199.400 e tem motor 1.5 turbo de 177 cv. Já o Hyundai Creta é vendido na versão Ultimate por R$ 199.590 com motor 1.6 turbo de até 193 cv. Por fim, o Pulse Abarth tem motor 1.3 turbo de até 185 cv e preço de R$ 157.990. Claro, o mercado de SUVs compactos brasileiro conta com outras opções, que são menos potentes do que o Tracker RS como Peugeot 2008, Nissan Kicks, Renault Kardian, entre outros.

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