Lula e Alckmin prometem hoje prioridade para "neoindustrialização"

No Dia da Indústria, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, organizaram eventos e participações conjuntas em atos públicos para tentar transmitir união e garantir confiança na promessa de prioridade para o setor, como promotor do desenvolvimento. Em artigo assinado em conjunto por ambos, Lula e Alckmin prometem promover a “neoindustrialização” do país como “fio condutor para uma política econômica voltada para a geração de renda e de empregos”.

Os industriais, no entanto, devem destacar o aumento dos custos para a produção, estimados em 10,7% em 2022, de acordo com levantamento divulgado hoje pela CNI – Confederação Nacional da Indústria. Colaboraram para a alta, custos com capital de giro (35,8%), energia (23%) e pessoal (11,8%). O debate em torno dos custos ocorre no momento em que o ministro da Fazenda sinaliza que trabalhará para reverter isenções fiscais que retirariam dos cofres públicos mais de R$ 50 bilhões.

O presidente Lula está confirmado, ao lado de Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio, no evento promovido por FIESP, CIESP E BNDES, na tarde desta quinta, em São Paulo, batizado de “Indústria forte, país forte”. O encontro também prevê a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em Brasília, após encontro com industriais, a expectativa é pelo anúncio do programa para estímulo à retomada para fabricação de carros populares. Empresários do setor esperam mecanismos de facilitação do crédito ao consumidor e estímulos fiscais aos fabricantes.