O biólogo comportamental João Miguel Alves Nunes, do Instituto Butantan, realizou uma pesquisa para descobrir quando e porque serpentes peçonhentas mordem. Para isso, ele pisou perto e, em alguns casos, na própria cobra, para ver se era atacado.
“Eu pisei em 116 animais. Totalizando essas pisadas, que foram de dia e de noite, pisando perto ou no corpo do animal, cascavel ou jararaca, foram cerca de 40.480 pisadas. Mais de 40 mil vezes que eu coloquei o meu corpo para o bicho morder”, revela o biólogo.
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Dessas mais de 40 mil pisadas, João Miguel diz que em apenas um caso sofreu um acidente. Uma mordida de cascavel furou a bota que usava como proteção. O incidente virou o tema para a tese de doutorado do pesquisador.
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