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Aeroporto fechado, caças com mísseis e antidrones: como será segurança da reunião do Brics

Bloco, que conta com 11 países, se reúne na capital fluminense entre os dias 6 e 7 de julho

Rio de Janeiro|Do R7

Esquema de segurança adotado será semelhante ao utilizado na reunião do G20, no ano passado Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Entre os dias 6 e 7 de julho, o Rio de Janeiro sediará a 17ª Reunião de Cúpula do Brics, bloco que reúne representantes de 11 países. Para garantir a segurança dos participantes, será adotado um esquema semelhante ao da Cúpula do G20, realizada na capital fluminense no ano passado.

A atuação integrada de diversas agências e órgãos de segurança pública contará com a participação das Forças Armadas, da Polícia Federal e das forças policiais locais.

Entre os recursos utilizados estão caças com mísseis, equipamentos antidrones, cães farejadores, fiscalização de artefatos suspeitos — inclusive subaquáticos — e o fechamento do aeroporto Santos Dumont durante o evento (veja detalhes abaixo).

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Em coletiva de imprensa realizada nesta semana, o Comando Operacional Conjunto Redentor — formado pela Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira — detalhou o plano de atuação.


Ao todo, as Forças Armadas utilizarão, entre outros equipamentos:

  • 361 viaturas
  • 147 motocicletas
  • 68 viaturas sobre rodas
  • 38 viaturas blindadas
  • 10 navios
  • 9 embarcações
  • 8 helicópteros
  • 3 radares
  • 6 equipamentos antidrone

Mísseis

Uma novidade em relação ao G20 será a mobilização de aeronaves com mísseis, medida que não era adotada desde os Jogos Olímpicos de 2016.


“O míssil acaba sendo um equipamento a mais que a aeronave dispõe para cumprir sua missão”, explicou o chefe do Subdepartamento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, André Gustavo Fernandes Peçanha.

“Ele dá uma segurança maior, uma opção a mais. A autoridade vai analisar, dentro do contexto, e escolher que tipo de equipamento usar para manter a segurança do espaço aéreo naquele período.”


Antidrones

Os equipamentos antidrones serão utilizados para evitar possíveis ataques.

“Se tivermos uma situação como uma constelação de drones — um grupo de drones operando em conjunto —, ele é capaz de interromper todos ao mesmo tempo. A potência é tamanha que pode até interferir no sinal de celular e no sinal do próprio aeroporto”, afirmou o coronel Souza.

Varreduras e aeroportos

Segundo Souza, os militares e os demais órgãos de segurança pública garantirão a proteção nas vias que conectam:

  • o Aeroporto do Galeão aos locais de hospedagem;
  • os locais de hospedagem ao local do evento;
  • e os trajetos de retorno.

Além disso, vão atuar na proteção de infraestruturas críticas da cidade do Rio de Janeiro, na segurança cibernética e na defesa química, biológica, radiológica e nuclear.

Aeroporto Santos Dumont

No caso do aeroporto Santos Dumont, localizado no centro da cidade, haverá suspensão de pousos e decolagens. Os voos serão transferidos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão durante os dois dias do evento.

A reunião de cúpula ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM), a apenas 350 metros do Santos Dumont.

As mudanças foram determinadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica, que definiu uma área de exclusão aérea com raio de 10 quilômetros ao redor do local do evento.

Somente será permitida a operação de aeronaves que transportem:

  • chefes de governo e de Estado participantes;
  • os presidentes do STF, da Câmara dos Deputados e do Senado;
  • ministros de Estado;
  • o governador do Rio de Janeiro;
  • e o prefeito do Rio.

Também poderão sobrevoar a área aeronaves militares envolvidas na operação do Brics, aeronaves de busca e salvamento e de órgãos de segurança pública.

Polícia Federal

A Polícia Federal já iniciou ações preventivas na capital fluminense, com varreduras em diversos pontos da cidade.

Na terça-feira (1º), agentes fiscalizaram a Marina da Glória, com o objetivo de identificar e neutralizar possíveis ameaças aos participantes.

A operação contou com policiais especializados em explosivos, equipamentos de detecção de ameaças e cães farejadores.

Já na quarta-feira (2), a PF realizou varreduras nos veículos oficiais que farão o traslado das autoridades. Ao todo, 70 viaturas serão utilizadas.

A operação envolve dezenas de policiais federais especializados e também conta com cães farejadores. O objetivo é identificar e neutralizar qualquer tipo de ameaça à segurança da cúpula.

Os veículos inspecionados serão conduzidos por equipes da segurança aproximada da PF, responsáveis por transportar chefes de Estado, ministros e demais autoridades durante o evento.

Além disso, a Polícia Federal fará vistorias nas edificações que sediarão as atividades da Cúpula, nos hotéis e em outros locais onde estarão hospedadas as delegações internacionais.

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