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Vacina contra a coqueluche é obrigatória na gravidez? Saiba mais

A DTPa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é indicada após a 20ª semana de gestação para proteger principalmente o recém-nascido

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Três tipos de vacina, apenas, são recomendadas para grávidas
Três tipos de vacina, apenas, são recomendadas para grávidas

Apenas três vacinas são permitidas na gestação. Elas não são obrigatórias, mas sim recomendadas, segundo o ginecologista Eduardo Zlotnik, vice-presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em São Paulo.

As vacinas são contra a hepatite B, gripe e difteria, tétano e coqueluche, a chamada de Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa). O médico explica que o objetivo desses imunizantes é proteger a mãe e, principalmente, o filho, já que os anticorpos são passados durante a gestação.

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"Assim como ocorreu com o sarampo, a coqueluche voltou porque, como a doença havia sido eliminada, as pessoas começaram a se cuidar menos e não se vacinaram", afirma.


O médico explica que o grande problema da coqueluche se dá em recém-nascidos. "A criança só pode receber a primeira dose dessa vacina aos dois meses, então o recém-nascido é o que mais corre risco de contrair a doença. Para protegê-lo, se usa um técnica chamada 'casulo', que é vacinar as pessoas que estão à sua volta. Portanto, quando uma mulher está grávida, a mãe e o pai devem se vacinar", afirma. 

A DTPa é administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos quinze meses, é necessária uma dose de reforço. A criança deverá receber ainda uma outra dose aos 10 anos com a vacina dupla adulto (difteria e tétano), segundo o Ministério da Saúde.


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"Mesmo que a mulher já tenha tomado essa vacina na vida, essa dose durante a gravidez serve como um reforço para estimular os anticorpos. A gestante que não toma essa vacina vai estar colocando em risco o bebê", diz.


A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório. Em crianças com menos de 6 meses, se apresenta da forma mais grave e pode levar à morte, de acordo com o Ministério. 

O principal sintoma é o ataque de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. 

Já a difteria é uma doença considerada controlada no Brasil e o tétano, praticamente impossível de ser contraído durante o parto dentro de maternidades, segundo Zlotnik.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) indica a DTPa a partir da 20ª semana de gestação. As vacinas contra gripe pode ser tomadas em qualquer momento da gravidez, segundo o ginecologista.

Como a vacina contra a hepatite B está no calendário nacional infantil, muitas mulheres já foram vacinadas e estão protegidas durante toda a vida. São três doses de vacina. É possível verificar essa imunização por meio do exame de sorologia contra a hepatite B, ressalta a Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia).

Segundo o órgão, cada esquema vacinal tem um intervalo específico. Portanto, caso a grávida não tenha tomado nenhuma dose e precise tomar as três durante a gestação, provavelmente a terceira será aplicada após o parto.

Em relação à DTPa, recomenda-se que seja aplicada na gestante a partir da 20ª semana para que o reforço se estenda ao bebê em seus primeiros meses de vida. "Eu, particularmente, prefiro indicar a DTPa por volta da 32ª semana para que o pico do aumento de anticorpos ocorra depois do parto. Assim, o recém-nascido estará protegido da melhor maneira possível", afirma o ginecologista. 

Segundo ele, a vacina é a mesma na rede pública e privada. "O grande cuidado com a vacina é que ela esteja bem conservada. Uma vantagem da rede pública é que tem um giro de vacina muito maior", ressalta.

Ele destaca a importância dos demais imunizantes. "A vacina da gripe é importante na gravidez porque se a gestante fica gripada tem chance maior de pnemonia e seu agravamento. Já a de hepatite B é para que ela não dê a luz com a doença, pois pode passar para o filho e ele desenvolver hepatite crônica".

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As vacinas são contraindicada apenas a quem tem alergia aos seus componentes. Vale lembrar que grávidas não podem tomar as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), contra HPV, varicela e dengue. "Quem está planejando engravidar deve tomar a vacina tríplice viral com dois meses de antecedência de começar a tentar", orienta o ginecologista.

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