Apoiadores vão homenagear Bolsonaro nos EUA; ingressos custam até US$ 50
Portaria autoriza a ida de três seguranças do ex-presidente ao evento, que ocorre em Orlando nesta terça-feira (31)
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão organizando um evento em homenagem a ele nesta terça-feira (31), nos Estados Unidos. Os ingressos custam até 50 dólares, segundo o site, e a cerimônia vai ocorrer em Orlando, na Flórida.
De acordo com os organizadores, há três opções de ingresso para o evento: reservado (que já está esgotado), especial (10 dólares) e VIP (50 dólares). Há ainda a possibilidade de fazer doações, que contemplam os valores de 20 dólares a 100 dólares.
"Venha participar deste maravilhoso encontro da comunidade brasileira com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro nos EUA e homenageá-lo por tudo o que ele fez pelo nosso país", diz a descrição do evento, organizado pelo Yes Brasil USA, que coordenava as motociatas de Bolsonaro no Brasil.
Diante do evento, o governo federal autorizou a ida de três seguranças de Bolsonaro para Orlando, entre os dias 27 de janeiro a 16 de fevereiro. São eles: Osmar Crivelatti, Ricardo Dias dos Santos e Estácio Leite da Silva Filho. Dessa forma, há a expectativa de que o ex-presidente participe do encontro.
O ex-presidente viajou para os Estados Unidos com Michelle Bolsonaro e a filha Laura, de 12 anos, um dia antes de terminar o mandato, em 30 de dezembro. Bolsonaro optou por sair do país e não participar da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreu em 1º de janeiro.
A família ficou hospedada em uma casa de férias que pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo. Uma publicação no Diário Oficial da União autorizou a ida de cinco assessores de Bolsonaro aos EUA. A permissão vale pelo período de 1º a 30 de janeiro de 2023. A publicação prevê o afastamento dos servidores "para realizar o assessoramento, a segurança e o apoio pessoal do futuro ex-presidente".
Estavam na lista o subtenente da Polícia Militar do Rio de Janeiro Max Guilherme Machado de Moura (PL); o capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro; o atual assessor especial Marcelo Costa Câmara; o suboficial da Marinha Ricardo Dias dos Santos; e o primeiro-tenente do Exército Osmar Crivelatti.
Internação
Durante a estadia em Orlando, Bolsonaro foi internado em um hospital após ter se queixado de "fortes dores abdominais". O transporte ocorreu em um veículo à disposição da família e foi acompanhado por assessores que estão alocados para auxiliar Bolsonaro. Na unidade de saúde, ele passou por exames e depois recebeu alta médica.
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Retorno ao Brasil
Ainda não há data para o retorno de Bolsonaro ao Brasil. Questões de saúde e a validade do visto são entraves para prorrogar a estadia dele no país. "Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei", afirmou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
No entanto, Bolsonaro só tem até o fim do mês para ficar nos Estados Unidos com o visto de presidente. Sem especificar se o ex-chefe do Executivo já havia dado entrada em um novo processo para prolongar a estada, Flávio falou da possibilidade de uso de um visto simples, como turista. "Ele foi com visto de presidente e, obviamente, se já não foi convertido, será convertido num visto de turista, a que ele tem direito. Ele está descansando", completou.
Bolsonaro enfrenta pedidos de extradição por parte da ala progressista do parlamento americano. Caso haja uma determinação, Flávio garantiu que o pai "não fará nada fora da lei".
Outro ponto que pode antecipar o retorno do ex-presidente para o Brasil é a necessidade de uma nova cirurgia. O senador confirmou que o pai teve um "contratempo há poucos dias" e que acredita na possibilidade de ele passar por um procedimento cirúrgico para reparar um novo problema no intestino.