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Alckmin não será ministro do governo, diz Lula em Brasília

Presidente eleito disse que só vai definir nomes para ministérios após a viagem para a COP27, no Egito

Brasília|Plínio Aguiar e Bruna Lima, do R7, em Brasília

Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa para parlamentares em Brasília
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa para parlamentares em Brasília

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (10), que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), não será ministro do futuro governo, que tomará posse em 1º de janeiro de 2023.

"Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente”, afirmou Lula.

Alckmin chegou a ser cotado para integrar diferentes ministérios. Entraram para a lista de possibilidades a Defesa, a Agricultura, o Planejamento, a Fazenda e até o Itamaraty. Nos bastidores, o argumento de que não se poderia demitir um vice-presidente prevaleceu. O desgaste seria grande se fosse preciso destituir o vice de uma pasta da Esplanada.

A chefia das pastas ainda é um mistério, e Lula não comentou sobre nomes durante o pronunciamento, feito no Centro Cultural Bando do Brasil (CCBB), em Brasília, onde a transição do governo se reúne. Os indicados para a Esplanada dos Ministérios devem ser anunciados só após a viagem de Lula para o Egito, no próximo dia 18, para participar da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27).


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Por enquanto, o foco do governo eleito é o trabalho da equipe de transição, na qual Alckmin ganhou papel de protagonista. Segundo o vice-presidente eleito, integrantes dos trabalhos não necessariamente serão indicados a cargos políticos, como um ministério.

No discurso, o próprio presidente eleito fez questão de frisar que integrar a equipe não significa assumir ministérios. “Que ninguém fique trabalhando pensando que será escolhido”, disse.


Visita às instalações

Lula discursou para políticos aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição de governo, e discursou para os presentes. No palco, ao lado do presidente eleito, estavam também Alckmin, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja.

Pouco antes, ele fez a primeira visita às instalações e se reuniu com parlamentares das bancadas aliadas. Participaram os partidos da coligação: PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir. Membros do PSD e do MDB também foram chamados. Lula chegou ao CCBB pouco antes das 11h e não falou com a imprensa.

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