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Após diplomação, Lula articula com partidos cargos na Esplanada

Presidente eleito conversa com MDB, União Brasil e PSD, que querem pelo menos três, duas e uma pasta, respectivamente

Brasília|Plínio Aguiar e Bruna Lima, do R7 em Brasília, e Renata Varandas, da Record TV

Alexandre de Moraes e Luiz Inácio Lula da Silva durante diplomação no TSE, em Brasília
Alexandre de Moraes e Luiz Inácio Lula da Silva durante diplomação no TSE, em Brasília

Após a diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorreu nessa segunda-feira (12), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve anunciar mais uma leva dos futuros ministros que vão compor o novo governo.

Na última sexta-feira (9), Lula cedeu à pressão, feita especialmente pelo mercado e por militares, e anunciou Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda; Flávio Dino (PSB) para a Justiça; Rui Costa (PT) para a Casa Civil; Mauro Vieira, diplomata, para as Relações Exteriores; e José Múcio Monteiro para a Defesa.

A expectativa agora é que Lula anuncie os nomes para chefiar os Ministérios do Desenvolvimento Social e das Relações Institucionais. Um dos favoritos para essa última pasta, que será recriada e vai tratar de articulação política, é o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

Para a primeira pasta, uma das cotadas é a senadora Simone Tebet (MDB-MS). No entanto, há um impasse que fontes relataram à reportagem. A Record TV apurou que o MDB negocia com Lula o comando de três ministérios. Uma das negociações é para Tebet assumir uma pasta da "cota pessoal" do petista, e não da do partido. A ideia, contudo, tem irritado integrantes do PT. A emedebista ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial e, na segunda etapa do pleito, apoiou Lula.


Outros partidos também negociam espaço na Esplanada dos Ministérios. De acordo com interlocutores, já estão sendo articuladas duas pastas para o União Brasil e uma para o PSD, de Gilberto Kassab e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal.

Mulheres

No primeiro bloco de ministros anunciados por Lula na última sexta-feira (9), todos os futuros titulares são homens. Na ocasião, o petista foi questionado sobre a diversidade no governo e apontou para Dino, futuro ministro da Justiça. "Você acha que ele é branco? Não entendo que esse cara é branco, no mínimo dizer que é pardo", afirmou.


Lula prometeu que anunciará "mulher, negro e indígena" para comandar ministérios em breve. O R7 apurou que a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (SP), e a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, devem ter papel de destaque no anúncio de mulheres que vão compor ministérios no novo governo, na tentativa de frisar a questão de gênero.

Lula já afirmou que Gleisi não será ministra e continuará na presidência do partido.


Internamente, a ex-presidente Dilma Rousseff é aventada para participar ativamente do governo, com papel de peso. Ainda não se sabe qual cargo ocuparia, e é cogitada a ocupação de um ministério ou uma representação brasileira em uma organização internacional, como a ONU.

Outro nome cotado é o da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), para o Ministério do Meio Ambiente. A parlamentar eleita, referência internacional no tema, governou a pasta entre 2003 a 2008, no primeiro governo Lula. Ela esteve recentemente com o presidente eleito no principal evento da área, a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27).

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