Sob pressão por anistia, Motta defende debate entre líderes: ‘Ninguém decide nada sozinho’
Presidente disse que, em uma democracia, ‘ninguém tem o direito de decidir nada sozinho’
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma publicação nesta terça-feira (15) em que defende que a agenda de votações da Casa deve ser definida após debate entre líderes da Câmara e “pensando no que cada pauta significa para as instituições e para toda a população brasileira”.
A fala dele ocorre um dia após o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ter protocolado um pedido para acelerar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
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“Em uma democracia, ninguém tem o direito de decidir nada sozinho. É preciso também ter responsabilidade com o cargo que ocupamos, pensando no que cada pauta significa para as instituições e para toda a população brasileira”, afirmou o presidente da Câmara.
A solicitação do partido é para que o projeto seja avaliado na modalidade de urgência, o que faria a proposta ser analisada diretamente no plenário da Câmara. Essa possibilidade de votação, e a análise da própria urgência, no entanto, dependem de Motta para serem avaliadas.
Cabe ao presidente da Câmara definir as pautas de votações em plenário. A publicação feita nesta manhã não cita diretamente a anistia, mas indica que, mesmo com a demanda, o assunto deverá ser debatido com outros líderes partidários.
A busca por consenso sobre o tema tem sido defendida pelo presidente da Casa desde o início do ano. O risco de embate institucional ao pautar o projeto antes da conclusão dos julgamentos do 8 de Janeiro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) também tem sido levantado por governistas.
Leia a publicação de Motta:
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