Apreensões de cigarros eletrônicos crescem 190% em um ano, diz Receita
Segundo o órgão, o confisco dos produtos saltou de R$ 61,8 milhões em 2023 para R$ 179,4 milhões em 2024
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Em um ano, as apreensões de cigarros eletrônicos saltaram de R$ 61,8 milhões para R$ 179,4 milhões, um aumento de 190%, segundo dados da Receita Federal, que consideram os anos de 2023 e 2024. Entre todas as mercadorias apreendidas, o cigarro é o produto com maior incidência. Apenas o cigarro comum tem uma média, desde 2020, de R$ 1 bilhão anual em valor de mercado apreendido.
Segundo o órgão, o contrabando de cigarros está associado com milícias privadas, que formam quadrilhas para tomar conta dessas rotas. Para evitar o contrabando e descaminho, a Receita informou que publicou duas Instruções Normativas. Uma delas prevê a suspensão cautelar dos CNPJs de estabelecimentos pegos com produtos contrabandeados. Outra proíbe o uso dos portos brasileiros para o trânsito de cigarros eletrônicos.
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Além dos cigarros, em 2024 a Receita registrou o melhor resultado do histórico de apreensões de artigos eletrônicos, chegando a R$ 920 milhões em mercadorias confiscadas.
“Nas operações contra o tráfico de drogas, no ano passado, a Receita Federal também bateu um recorde em quantidade de apreensões, chegando próximo a 70 toneladas, com leve alta em relação ao recorde anterior, que foi de 2020″, informou.
No total, no ano passado, a Receita Federal registrou R$ 3,76 bilhões nas apreensões de mercadorias vindas do contrabando e descaminho, uma média superior a R$ 3,5 bilhões em volume de apreensões nos últimos anos.