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Câmara pode analisar cassação de Chiquinho Brazão em breve

Preso, deputado é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

Câmara pode analisar cassação de Chiquinho Brazão em breve Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 28/08/2024

A possível cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) foi mencionada entre os diversos assuntos abordados na reunião dos líderes partidários da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (5). O parlamentar está preso desde 18 março, após ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

De acordo com relatos ouvidos pelo R7, a avaliação dos líderes é que o processo não deve se estender mais e que a Câmara deve dar uma resposta em breve. Apesar de não ter data para ser pautado, o processo de cassação deve ser analisado em breve conforme a avaliação de alguns líderes.

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O parlamentar é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) e aguarda julgamento. O crime aconteceu em 2018. Marielle foi morta a tiros junto ao motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. Em agosto de 2024, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a cassação de Brazão e a decisão final ainda aguarda o aval no plenário da Casa.

Entenda

O deputado virou réu pelo assassinato de Marielle depois de ter sido preso de forma preventiva em março pela Polícia Federal após ser apontado como um dos mandantes do crime.


O processo de cassação dele tem parecer favorável da relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES). Caso o processo seja colocado em votação, bastam os votos favoráveis da maioria simples dos deputados presentes no plenário para que o mandato do parlamentar seja cassado.

Chiquinho Brazão e o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), são apontados pela Polícia Federal como mandantes dos assassinatos da vereadora e do motorista dela, ocorridos em março de 2018.


Segundo a PF, o crime teria sido motivado por disputas envolvendo grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro, uma região amplamente dominada por milícias. De acordo com as investigações, Chiquinho atuava na defesa da regularização de áreas controladas por grupos milicianos, o que teria levado a conflitos políticos com Marielle, que questionava essas ações na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Durante as suas defesas no Conselho de Ética e na CCJ, Chiquinho negou as acusações e afirmou ser inocente. Ele reiterou que não teve qualquer participação no crime e que sua prisão é injusta. Apesar disso, as evidências apresentadas pela Polícia Federal reforçam o envolvimento do parlamentar no planejamento e execução do assassinato.


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