Caso de joias sauditas de Bolsonaro aguarda definição da PGR há mais de um ano
Inquérito apura a apropriação indevida de joias e presentes ofertados a Bolsonaro por autoridades estrangeiras
Brasília|Do Estadão Conteúdo
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Há 15 meses, em 4 de julho de 2024, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas, em que ele é acusado de tentar trazer ilegalmente ao Brasil joias doadas pela Arábia Saudita.
O caso segue sem decisão da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre se Bolsonaro será denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal). A reportagem mostrou que auxiliares do ex-presidente tentaram trazer pacotes de joias ao Brasil sem declarar à Receita Federal. Os indícios de irregularidades motivaram operação da PF que levou ao indiciamento.
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O inquérito apura a apropriação indevida de joias e presentes ofertados a Bolsonaro por autoridades estrangeiras durante seu período na Presidência do Brasil. Também foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid e outras dez pessoas.
O caso só pode ir a julgamento se a PGR apresentar a denúncia e o STF aceitá-la, assim como ocorreu com a trama golpista. Na época em que os investigados foram indiciados, em 2024, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aguardou para evitar que o processo pudesse ser usado politicamente em meio às eleições municipais.
Gonet foi reconduzido ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aguarda sabatina no Senado para permanecer na função por mais dois anos. Se ele adiar mais a decisão sobre o caso das joias sauditas, o processo pode ficar para 2026, outro ano eleitoral.
Outras investigações sobre Bolsonaro
Bolsonaro faz parte de oito investigações ativas no STF, incluindo o inquérito das joias.
A mais recente apura suposta tentativa de coagir o Supremo, por meio de sanções aplicadas pelo Governo dos Estados Unidos, para reverter o julgamento da trama golpista. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Figueiredo foram denunciados nessa ação.
As outras investigações são os inquéritos das fake news e das milícias digitais; suposta interferência na Polícia Federal; suposto vazamento de documentos sigilosos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral); declarações falsas sobre a pandemia de Covid-19; e apuração sobre a “Abin paralela”, suposto esquema de espionagem ilegal de opositores para atender a interesses políticos e pessoais.
Em março, o ministro Alexandre de Moraes arquivou processo sobre fraudes em carteiras de vacinação, atendendo a parecer da PGR que considerou que o envolvimento de Bolsonaro não ficou comprovado.
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