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CGU aplica multa de R$ 80,9 mil a empresa de vacinas investigada pela CPI da Covid

Davati apresentou propostas fraudulentas ao Ministério da Saúde, apontou apuração da comissão

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União
Decisão foi publicada no Diário Oficial da União Decisão foi publicada no Diário Oficial da União (José Cruz/Agência Brasil - Arquivo)

A CGU (Controladoria-Geral da União) multou em R$ 80.900,45 a Davati Medical Supply LLC e a declarou inidônea por apresentar propostas fraudulentas ao Ministério da Saúde durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito de Inquérito) da Covid-19. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União e surge após a CGU identificar tentativas da empresa de vender até 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca durante a pandemia.

A investigação teve origem em uma reportagem que mencionava um suposto pedido de propina feito pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias à representante da Davati. Durante a apuração conduzida pela CGU, ficou evidente que a empresa, por meio de representantes e intermediários, apresentou propostas inidôneas ao Ministério da Saúde sobre as doses de vacina.

As negociações entre a Davati e governo federal incluíram reuniões e trocas de mensagens com agentes públicos. Essas interações foram realizadas não apenas por representantes diretos da empresa, mas também por meio de outras pessoas jurídicas, como a Senah (Secretaria de Assuntos Humanitários), o IFB (Instituto Força Brasil) e o Escritório Júlio Caron Advogados.

Ao término da instrução, a CGU concluiu que as propostas apresentadas eram fraudulentas, uma vez que a própria Astrazeneca informou não ter constituído representantes autorizados para oferecer vacinas ao mercado brasileiro. Diante disso, a Davati Medical Supply LLC foi punida com multa de R$ 80.900,45 e impedida de participar de contratos com a Administração Pública.

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A Senah foi identificada como facilitadora e intermediária não apenas da Davati, mas também da Latin Air, outro ente privado sancionado pela CGU por apresentar proposta inidônea de venda de vacinas. Por sua contribuição para o ato lesivo, a secretaria foi multada em R$ 6 mil e também teve a decisão condenatória e a declaração de inidoneidade publicadas de forma extraordinária.

O IFB subsidiou a prática do ato lesivo da Davati, facilitando o acesso de seus representantes ao Ministério da Saúde. O escritório Júlio Caron Advogados contribuiu para a oferta fraudulenta de vacinas ao encaminhar uma proposta ao gabinete do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, alegando que a Davati seria distribuidora autorizada da AstraZeneca. O instituto teve a mesma pena que a Senah. Ambos tiveram a mesma penalidade que a Senah.

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