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CPI Covid: Comissão quer ouvir Aras sobre andamento das investigações

CDH aprovou pedido para que procurador-geral da República fale sobre andamento das providências após receber relatório da CPI

Brasília|Lucas Nanini, do R7, e Fabiano Bomfim, da Record TV

Procurador-geral da República, Augusto Aras, deverá comparecer a comissão no Senado
Procurador-geral da República, Augusto Aras, deverá comparecer a comissão no Senado Procurador-geral da República, Augusto Aras, deverá comparecer a comissão no Senado

A CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado Federal aprovou um requerimento para que o procurador-Geral da República, Augusto Aras, compareça ao colegiado e preste esclarecimentos sobre as providências tomadas em relação aos fatos apontados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid.

O pedido, assinado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informa que a comissão enviou o relatório à PGR, oficialmente, em 5 de novembro último e que o recebimento ocorreu em 11 de novembro. Em 27 de outubro, os senadores da CPI entregaram uma cópia do relatório a Augusto Aras. O documento tem 1.289 páginas e 80 pedidos de indiciamento, dos quais 78 são de pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, e dois de empresas.

Na mesma data em que entregaram o documento a Aras, os parlamentares também se reuniram com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que apura informações falsas e ataques aos ministros da Corte Suprema, para fazer a entrega do relatório.

Existe o receio entre os senadores de o compilado com os trabalhos da CPI não ter andamento na PGR. A cúpula tem dito que, se a procuradoria não analisar o relatório no prazo de 15 a 30 dias, a intenção é entrar com uma ação penal privada subsidiária da pública.

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Mesa-diretora da CPI da Covid
Mesa-diretora da CPI da Covid Mesa-diretora da CPI da Covid

O relatório é o compilado de tudo o que foi apurado desde a abertura dos trabalhos, em 27 de abril deste ano. O texto também traz pedidos de investigação. A partir do documento, órgãos fiscalizadores foram acionados para dar continuidade à apuração de possíveis crimes cometidos pelos citados.

O requerimento da CDH do Senado menciona que a legislação prevê que o procurador-geral da República tem “30 dias para adotar as providências cabíveis quanto ao conteúdo do relatório da CPI”.

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“Considerando as graves violações aos direitos da pessoa humana demonstradas no relatório da CPI da Pandemia, e passados quase 30 (trinta) dias desde a data em que o expediente foi entregue em mãos ao procurador-geral da República, faz-se necessário o seu convite para que compareça a esta CDH, a fim de prestar esclarecimentos sobre o andamento das providências adotadas frente aos fatos levantados e aos indiciamentos contidos no mencionado relatório”, diz o pedido.

Aras se manifestou pelo Twitter do MPF (Ministério Público Federal), dizendo que a "CPI já produziu resultados". O procurador-geral postou: "Temos denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento e agora, com essas novas informações, poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores”. Em 28 de outubro, Aras determinou a abertura de apuração preliminar para avaliar as denúncias apresentadas no relatório final da CPI da Covid.

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Relatório

Entre os principais pedidos de indiciamento constantes no relatório estão o do presidente Jair Bolsonaro, o do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o do ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello e o do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni. O único governador na lista de sugestões de indiciamento é Wilson Lima (PSC), do Amazonas.

Também foram incluídos os nomes do senador Flávio Bolsonaro e de vários deputados, como Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Osmar Terra (MDB-RS) e Carlos Jordy (PSL-RJ).

Horas após ter incluído o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de sugestões de indiciamento no relatório final da CPI da Covid-19, Renan Calheiros aceitou remover o nome do parlamentar gaúcho do documento. A retirada foi um pedido de Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que tinha solicitado a inclusão pela manhã, mas mudou de ideia e ressaltou a imunidade do senador.

CPI: investigações e embates

Desde 27 de abril, os trabalhos da CPI foram marcados por investigações, apontamentos e embates políticos entre base e oposição. Momentos de discussões mais ríspidas entre os senadores tomaram espaço no noticiário e entre internautas. Bordões, acusações e "tretas" por diversas vezes viralizaram nas redes sociais. Veja abaixo os principais conflitos:

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