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R7 Brasília

Defesa de Anderson Torres pede adiamento do depoimento sobre atuação da PRF nas eleições

Advogados do ex-ministro da Justiça afirmaram que o estado emocional de Torres sofreu 'drástica piora' nos últimos dias

Brasília|Hellen Leite e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres em evento do governo
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres em evento do governo

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediu à Polícia Federal (PF) que adie o depoimento marcado para as 14 horas desta segunda-feira (24), em que ele deveria explicar as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições. O depoimento foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Segundo os advogados, o estado emocional do ex-ministro sofreu uma "drástica piora" após a Justiça negar a ele o pedido de revogação da prisão preventiva. "Nesse cenário, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF que o atende atestou, em 22/04/2023, a impossibilidade de Anderson Torres comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas [ajuste medicamentoso], durante uma semana", informa a defesa.

Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos de vandalismo do 8 de Janeiro. Ele seria ouvido na condição de declarante, e não como investigado. 

Atuação da PRF

No depoimento desta segunda-feira, Torres deveria explicar um suposto pedido à PF e à PRF para que interferissem no fluxo de eleitores no dia do segundo turno das eleições. Na ocasião, Torres teria pedido pessoalmente à superintendência da PF da Bahia que atuasse em conjunto com a PRF para atrapalhar a chegada de eleitores do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação.


Na semana passada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, mostrou dados de um relatório produzido pela PRF e pela Controladoria-Geral da União e afirmou que as informações mostram "desvios de padrão" na atuação da corporação durante o segundo turno das eleições de 2022.

“Os números vão convergindo e mostrando uma atipicidade ao que foi entregue. Especificamente no dia da eleição, temos 76 [operações] no Norte; 324 no Nordeste; 7 no Sudeste; 65 no Sul; Centro-Oeste, com 152”, detalhou. 


O relatório também mostra que houve intensificação da fiscalização da PRF nos dias anteriores ao segundo turno. Entre os dias 28 e 30 de outubro, a corporação fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, 571 no Sudeste, 893 no Centro-Oeste, 310 no Norte e 632 no Sul.

Além disso, a corporação também decidiu, às vésperas da votação, empenhar mais recursos nas operações no Nordeste. O planejamento inicial era de R$ 3 milhões para os dois turnos. Depois, houve uma determinação nova de um plano específico para o segundo, com mais R$ 3 milhões.

As operações da corporação foram realizadas enquanto Silvinei Vasques chefiava a PRF, e aconteceram mesmo com a proibição determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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