Em mensagem ao Congresso, Lula volta a reforçar compromisso fiscal do governo
Texto foi lido pelo primeiro-secretário da mesa, na sessão de abertura do ano legislativo, e traz prioridades do Executivo
Brasília|Ana Isabel Mansur, Lis Cappi e Rute Moraes, do R7 em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reforçar nesta segunda-feira (3) o compromisso fiscal do governo federal. Em mensagem aos parlamentares, o petista destacou a redução de despesas públicas elaborada pelo Executivo no pacote de corte de gastos. A mensagem do petista foi levada ao Parlamento pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e lida no Plenário pelo primeiro-secretário do Congresso, deputado federal Carlos Veras (PT-PE).
“Em 2024, o governo federal manteve seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas. Fizemos o sexto maior ajuste fiscal do mundo e o terceiro maior entre os países emergentes, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O déficit primário está estimado em 0,1%, o menor da década. Em 2025, continuaremos a pautar nossa gestão pelo compromisso com o equilíbrio fiscal. Isso está expresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como no conjunto de medidas fiscais enviadas em novembro de 2024 ao Congresso Nacional, que permitirão economizar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026″, destacou Lula.
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O presidente da República não foi à solenidade, que contou com a presença dos recém-eleitos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicano-PB), além do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso.
A sessão foi presidida por Alcolumbre. Integrantes da gestão Lula, como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), também participaram da cerimônia. Tradicionalmente, a mensagem presidencial é lida pelo primeiro-secretário do Congresso Nacional.
Antes e depois da leitura do texto, houve manifestações a favor e contra o governo petista. Parlamentares da oposição gritaram “Fora, Lula”, enquanto congressistas da base aliada declararam “Sem anistia”, em referência à proposta que concede perdão aos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro. O projeto é discutido pelo Congresso, em meio a divergência sobre o conteúdo. A expectativa é que o texto seja analisado pelo Legislativo neste ano.
Reunião
Mais cedo, Lula recebeu os presidentes eleitos no Palácio do Planalto e, no encontro, afirmou que Hugo e Alcolumbre não terão problemas na relação com o governo. O chefe do Executivo se referiu aos dois como amigos e disse torcer pelo êxito dos parlamentares.
“Estou aqui junto com Davi Alcolumbre e Hugo Motta e estou muito feliz. Primeiro, porque sou amigo dos dois; tenho conhecimento do compromisso democrático que eles têm. E eles não terão problema na relação política com o Executivo”, declarou Lula.
O presidente também afirmou que não enviará projetos de interesses pessoais ao Congresso, mas propostas que sejam voltadas para o país.