Flávio Dino lamenta tragédia em escola do Paraná e cita 'apologia' à violência
Ministro da Justiça e Segurança Pública falou sobre atirador que matou uma adolescente e feriu outro no interior do Paraná
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o que chamou de "apologia à violência" ao lamentar o ataque a tiros em uma escola em Cambé, no norte do Paraná, nesta segunda-feira (19). Uma adolescente foi morta e outro foi socorrido em estado grave. "Quando um jovem perde a vida, na verdade, toda a juventude perdeu um pedaço da sua vida. Sou pai e, por isso, sei bem da intranquilidade que aflige as famílias na medida em que, de modo inaceitável, essa modalidade de violência se implantou no Brasil e serve de reflexão quanto aos traços culturais da violência", disse.
Em uma rede social, Dino afirmou que conversou com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e colocou o governo federal à disposição para auxiliar o estado.
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O ministro também fez um comentário sobre os casos de violência em escolas e citou "apologia" a conteúdo de ódio nas redes sociais. A mensagem de Dino é divulgada em um contexto de tentativa de regulamentação das plataformas digitais, com a aprovação do projeto de lei das Fake News. O governo tem defendido que a regulamentação das redes sociais pode ajudar a conter as mensagens que incentivam a violência na internet.
"O que nós vimos hoje, em larga medida no Brasil, é exatamente apologia à violência, que está hoje na palma da mão da nossa juventude, pelos smartphones, tablets e pela proliferação irresponsável de mensagens de violência de ódio na internet, derrubando, às vezes, os esforços das famílias."
Crime no Paraná
Na manhã desta segunda-feira, um atirador invadiu o Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, e atirou contra alunos. Uma adolescente, de 15 anos, morreu na hora. Outro jovem foi socorrido em estado grave.
Funcionários da escola imobilizaram o homem e tiraram a arma das mãos dele. Ele foi detido pela polícia local. De acordo com a Prefeitura de Cambé, é um ex-aluno da escola, tem 20 anos e disse que iria à secretaria da instituição para pedir o histórico escolar.