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Lula participa da posse de Sidônio Palmeira como ministro da Secom nesta terça

Publicitário assume no lugar de Pimenta e dá início a nova fase da comunicação do governo, criticada publicamente por Lula

Brasília|Plínio Aguiar e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Lula participa de posse de Sidônio Palmeira Ricardo Stuckert/PR - 28.08.2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar, nesta terça-feira (14), da posse de Sidônio Palmeira no comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República. Responsável pela campanha presidencial em 2022, o marqueteiro assume o posto em momento de mudança estratégica na área comunicacional do governo, com vistas às eleições de 2026.

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O publicitário toma posse no lugar de Paulo Pimenta, que estava no comando da Secom desde o início do mandato de Lula, com breve passagem pela chefia do ministério temporário para reconstrução do Rio Grande do Sul. Tanto Sidônio quanto Pimenta têm falado que a mudança serve para dar novo rumo à comunicação do governo federal, alvo de críticas públicas de Lula em dezembro (Leia mais abaixo).

A troca é a primeira confirmação da nova reforma ministerial de Lula. As alterações completas devem ser feitas até o fim deste mês. A tendência — segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista — é que as mudanças ocorram até 21 de janeiro, dia em que o presidente vai reunir os 38 ministros para a primeira reunião geral do ano.

Pimenta informou ao R7 que deve comparecer à cerimônia de oficialização do sucessor.


Perfil

Sidônio tem longa trajetória no marketing político, com passagens pelas corridas petistas vitoriosas de Rui Costa e Jaques Wagner, ambos para o governo da Bahia, além de ter comandado a campanha de Fernando Haddad para a presidência em 2018. A experiência foi um dos fatores que o credenciou para assumir a Secom, pasta responsável por comunicar à sociedade as ações do governo.

Formado em engenharia, Sidônio iniciou sua trajetória política na Universidade Federal da Bahia, onde foi líder estudantil e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, em uma chapa ligada ao PCdoB. A transição para a comunicação política começou em 1992, quando integrou a equipe de campanha de Lídice da Mata, que se tornou a primeira mulher eleita prefeita de Salvador.


Recentemente, o marqueteiro defendeu a manutenção do slogan “União e Reconstrução”, frase usada pelo Executivo desde o início deste mandato de Lula. Sidônio destacou, porém, que a comunicação do governo precisa considerar gestão e política, ao admitir que correções são necessárias, embora tenha havido conquistas importantes. “O governo tem feitos, inclusive, a retomada de várias coisas que podem ser discutidas, inclusive na área econômica. Tem alguns problemas, mas não é vender o peixe, é até dar o peixe”, disse.

Sidônio também defendeu maior divulgação das ações da gestão petista. “O foco é o governo falar o que tem. Os ministérios aparecerem e mostrarem as suas marcas, o que estão fazendo. Acho que é esse o negócio, a gente tem que fazer com que a comunicação chegue na ponta. Isso é importante, e tem vários meios para isso. A gente tem uma forma de comunicação diferente, com o advento das redes sociais. Mas não só as redes sociais”, acrescentou.


De acordo com o novo Secom, Lula deve aumentar as entrevistas à imprensa. Sidônio garantiu que “nunca vai puxar a orelha” do presidente por eventuais deslizes nos discursos. O publicitário negou, ainda, que as falas do petista sejam melhores quando lidas, em detrimento de improvisos. “O presidente tem vários predicados e vários atributos. Tem vários atributos, inclusive a fala. Ele é quem é pelo jeito que ele fala”, defendeu. “O que eu vou fazer é a melhor comunicação, de uma forma mais atualizada, mais adequada, é nisso que eu vou trabalhar. A comunicação tem que ser uníssona.”

Críticas públicas de Lula

A saída de Pimenta era dada como certa desde dezembro do ano passado, quando Lula criticou publicamente a comunicação do governo federal. A Secom é responsável pela divulgação das ações do Executivo. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula durante seminário do PT, em Brasília.

Na fala, o presidente também reclamou da divulgação das ações. “Sinto cada vez que viajo, que converso, que atendemos ministros, que não estamos entregando de forma adequada [as ações], para que a sociedade tenha as informações do que estamos fazendo. A partir de 1º de janeiro, não tem mais entrega. A gente vai ter que divulgar corretamente o que nós já lançamos. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.

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